CAU questiona retirada de árvores em obra de revitalização na Avenida Rio Verde

A obra de revitalização da Avenida Rio Verde, que interliga Goiânia e Aparecida de Goiânia, tem sido alvo de questionamentos do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) devido à retirada de 132 árvores do canteiro central da via. O projeto de reestruturação abrange o trecho entre o Terminal Cruzeiro, no Jardim Nova Era, e a GO-040, no Jardim Presidente, e visa a instalação de pistas de caminhada, academias, iluminação de LED e reforma do asfalto.

Embora reconheça a importância da obra para a mobilidade urbana, o CAU destaca que é possível preservar a vegetação existente no local. O conselho afirma que a retirada das árvores deveria ser a última opção, especialmente quando se trata de espécies de grande porte, como mangueiras e amendoeiras, que estão sendo arrancadas.

Segundo o CAU, a vegetação desempenha um papel crucial na melhoria do microclima da cidade, na redução dos níveis de poluição atmosférica e sonora, na promoção da permeabilidade do solo e na preservação da paisagem. O órgão também defende que, em caso de remoção de árvores, seja garantida a reposição com a mesma espécie, o que difere do plano da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, que pretende substituir as árvores retiradas por ipês.

Essa prática de retirada de árvores em obras de reestruturação tem sido comum na região. Exemplos disso ocorreram nas vias que integram o corredor do BRT Norte-Sul e também na Avenida Castelo Branco, para a construção da chamada Agrovia Iris Rezende. O CAU ainda relembra situações anteriores, como as retiradas de árvores nas avenidas 85, Universitária e Assis Chateaubriand.

Enquanto o Conselho de Arquitetura e Urbanismo enfatiza a importância da preservação da vegetação no local da obra, a Prefeitura de Aparecida de Goiânia tem o objetivo de compensar ambientalmente a retirada das árvores. O plano da prefeitura é realizar o plantio de mudas em outra área da cidade, especificamente em um parque localizado no bairro Vila Mariana, cerca de 600 metros distante da obra.

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