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Mais de 70% do orçamento do Goiás E.C vem da TV; gestão do clube tem enfrentado oscilações dentro e fora de campo, com dependência significativa dos recursos provenientes da televisão

Mais de 70% do orçamento do Goiás E.C vem da TV

14/07/2023, às 14:21 · Por Redação

O Goiás Esporte Clube tem vivido anos de altos e baixos, alternando entre a primeira divisão e a Série B do futebol brasileiro. Essa oscilação afeta diretamente as finanças do clube, que precisa lidar com as consequências financeiras dessas mudanças. Quando o clube está na primeira divisão, os pagamentos provenientes dos direitos de transmissão são relevantes, permitindo investimentos em jogadores e comissão técnica. No entanto, quando o clube é rebaixado para a Série B, é necessário cortar gastos de forma emergencial devido à redução do fluxo de recursos provenientes da mídia.

Em 2022, a diretoria do clube conseguiu aproveitar a chegada à primeira divisão para reorganizar as finanças. As receitas aumentaram e foram utilizadas para cobrir os custos e reduzir as dívidas a um nível mais confortável. Essa melhora no perfil da dívida facilita a vida do clube, pois mesmo em caso de novo rebaixamento, as obrigações com os credores estarão resolvidas.

No entanto, para se estabilizar na elite do futebol brasileiro, o Goiás precisa aumentar sua arrecadação. O clube enfrenta um problema crônico de baixas receitas provenientes de patrocínios, bilheterias e sócio-torcedores em comparação com os principais clubes do país. O Goiás depende fortemente dos recursos provenientes da televisão e, ocasionalmente, de vendas de jogadores.

Somente quando a arrecadação aumentar será possível pensar em elevar gastos e dívidas de maneira estruturada e responsável. É importante ressaltar que o clube obteve melhorias em relação ao desempenho comercial e de marketing, com aumento nos patrocínios e publicidades, porém ainda insuficiente para competir no cenário nacional.

Comparando o faturamento (total arrecadado) com o endividamento (o que precisava ser pago no último dia de cada exercício), é possível observar a oscilação administrativa e financeira do clube. No último ano, houve movimentos positivos nesses dois indicadores, com o aumento das receitas e a redução das dívidas. O desafio do Goiás agora é manter a estabilidade na primeira divisão para dar continuidade ao processo de recuperação financeira.

Mais de 70% do faturamento do Goiás Esporte Clube provém dos direitos de transmissão e premiações, o que representa uma de suas maiores fragilidades financeiras, devido à dependência desses recursos. O departamento comercial e de marketing teve um desempenho melhor em relação aos anos anteriores, com aumento nos patrocínios e publicidades, porém ainda insuficiente para competir no cenário nacional.

As receitas provenientes de bilheterias e sócio-torcedores também aumentaram significativamente com a reabertura dos estádios após a pandemia, mas ainda são baixas em comparação com outros clubes. Em relação às transferências de jogadores, houve variações significativas nos anos anteriores, com anos em que as vendas alcançaram valores entre R$ 20 milhões e R$ 40 milhões, e outros anos em que quase nenhuma receita foi gerada por esse meio.

Apesar do cenário de instabilidade esportiva e de arrecadação, a diretoria do Goiás conseguiu aliviar a situação ao tratar das dívidas. A redução do endividamento, especialmente das obrigações de curto prazo, facilita a gestão do clube. No final de 2022, o clube tinha recursos suficientes em caixa para cobrir todas as pendências previstas para 2023, eliminando as obrigações de curto prazo.


Esporte Goiás E.C. Faturamento TV
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