Torcedores perseguem ambulância que socorreu rival baleado em Goiânia

Um vídeo divulgado recentemente pela Polícia Civil revelou imagens de membros da torcida organizada Força Jovem, ligada ao Goiás Esporte Clube, perseguindo uma ambulância que resgatava um indivíduo baleado durante um confronto com torcedores rivais. Segundo as autoridades, esses indivíduos são suspeitos de espancar torcedores adversários e gravar vídeos comemorando as agressões. As informações são do portal G1 Goiás.

A gravação mostra os membros da Força Jovem perseguindo a ambulância que transportava o rival ferido. Um dos envolvidos é ouvido dizendo: "Panetone tá enterrado, hein? Esse daí tá em coma, vai ficar em coma". Essa declaração refere-se ao torcedor rival que estava sendo resgatado e que se encontrava em estado grave naquele momento.

Além desse incidente, a Polícia Civil divulgou outros vídeos envolvendo os torcedores do Goiás. Em um deles, os membros da torcida bloqueiam uma rua com um veículo, impedindo a passagem de outros carros. Em outro vídeo chocante, eles invadem um ônibus de transporte público portando pedras e paus, agredindo violentamente os passageiros. Durante o ataque, uma das pedras atingiu a cabeça do motorista.

De acordo com a polícia, durante o ataque ao ônibus, um disparo de arma de fogo foi efetuado do lado de fora, resultando no ferimento superficial de um torcedor do time rival, o Vila Nova. As prisões ocorreram durante a Operação Avalanche, realizada pela Polícia Civil, que mobilizou mais de 100 policiais.

Atualmente, 15 pessoas estão sob custódia, suspeitas de participarem de espancamentos a torcedores rivais, envolvimento em confrontos e gravação de vídeos comemorando as agressões. No entanto, as autoridades não divulgaram os nomes dos suspeitos até o momento. Um dos torcedores envolvidos teve seu mandado de prisão expedido, mas encontra-se foragido.

A torcida organizada Força Jovem Goiás afirmou, em entrevista à TV Anhanguera, que aguardará o fim das investigações para verificar se algum dos presos é associado ao grupo. Caso seja confirmado, medidas adequadas serão tomadas.

O Goiás Esporte Clube também se pronunciou sobre o caso, informando que, assim que tiver acesso aos dados, os indivíduos presos terão sua entrada no Estádio da Serrinha bloqueada até que as investigações sejam concluídas. Se os suspeitos não forem condenados, o acesso será liberado.

Durante as buscas realizadas nas residências dos suspeitos, a polícia encontrou armas, munições, facas e o veículo que teria sido utilizado no embate contra o ônibus que transportava os torcedores do Vila Nova. Esse ataque ocorreu no dia 30 de abril deste ano, após uma partida válida pelo Campeonato Brasileiro da Série B.

O delegado Samuel Moura relatou: "Populares acionaram a polícia militar e o SAMU. Especialmente dois indivíduos foram muito agredidos e ficaram em coma. Eles seguiram a ambulância e ameaçaram com arma pelo simples fato de estar prestando socorro a um indivíduo da torcida rival". 

A Polícia Civil também informou que, no mesmo dia, outro grupo de torcedores do Goiás bloqueou uma rua em Aparecida de Goiânia com carros, com a intenção de agredir um outro torcedor do Vila Nova. Durante o ataque, eles chegaram a utilizar um capacete para golpear o rapaz, que já se encontrava caído no chão.

As investigações da Polícia Civil indicam que ambos os ataques foram coordenados pelos torcedores do Goiás, que, ao perceberem que estavam sendo investigados, criaram um grupo de conversa para tentar evitar sua prisão. Contudo, um dos suspeitos acabou fugindo para Araguaína, no Tocantins, onde foi localizado e preso.

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