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Reprodução/ Senado

Vanderlan Cardoso (PSD) e Jorge Kajuru (PSB) apostam em mudanças no texto da reforma tributária durante a tramitação no Senado

Reforma Tributária enfrenta desafios e possíveis alterações no Senado, afirmam senadores goianos

08/07/2023, às 08:01 · Por Redação

Em entrevista ao jornal O Popular, os senadores Vanderlan Cardoso (PSD) e Jorge Kajuru (PSB), representantes de Goiás, expressaram cautela e dificuldades em relação à aprovação da reforma tributária no Senado. Ambos acreditam que o texto sofrerá mudanças durante sua tramitação na Casa, prevista para o segundo semestre.

De acordo com Vanderlan Cardoso e Jorge Kajuru, a maior probabilidade é que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária passe por novas alterações no Senado. Após ter sido aprovado na Câmara dos Deputados, o texto segue agora para a Casa, onde o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) ainda tem a expectativa de reverter pontos que ele considera prejudiciais para o estado de Goiás.

Jorge Kajuru ressalta que a tramitação no Senado será mais difícil do que na Câmara, onde a PEC foi aprovada em dois turnos na quinta-feira, 7. O senador afirma: "Na Câmara, tem muita gente honesta que eu gosto e admiro, mas tem muita gente que vota por alguma coisa em troca. No Senado, isso é mais difícil. E há insatisfação de alguns senadores sobre alguns pontos da reforma tributária".

Como líder do PSB no Senado, partido do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, Kajuru avalia que o governo precisa ouvir os senadores que têm opiniões divergentes. Ele menciona o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), que tem criticado, especialmente, a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que substituirá cinco impostos. Guimarães é autor de uma PEC alternativa que não foi utilizada pelo grupo de trabalho da Câmara para elaborar a versão final da proposta da reforma tributária.

"Eu acho que no Senado é preciso ter um diálogo do governo para que consiga aprovar em agosto", avalia Kajuru.

Por sua vez, Vanderlan Cardoso afirma que os senadores estão exercendo cautela, pois "ainda não tiveram tempo de analisar o que foi aprovado". Ele destaca que emendas e destaques serão propostos, inclusive em relação ao que já foi aprovado. O senador ressalta uma particularidade do Senado, que é a necessidade constante de ajustes.

Vanderlan lembra que isso também ocorreu com o arcabouço fiscal, que, devido às alterações feitas no Senado, passará por uma nova votação na Câmara. Com a previsão de alterações na reforma tributária, é provável que ela precise ser novamente apreciada na Câmara no próximo semestre.

Como presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Vanderlan informa que foi formado um grupo de trabalho no colegiado para analisar a proposta, o qual deverá auxiliar o relator, a ser escolhido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

"O clima no Senado é de análise, mesmo antes de começar a apresentar emendas, se for o caso, ou destaques", diz o senador goiano. Ele destaca que ainda não teve tempo de estudar o que foi aprovado. "Prefiro ter um parecer mais fundamentado, principalmente no que afeta Goiás", afirma Vanderlan Cardoso.


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