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Esquema adotado no Brasil na pandemia, melhorou a resposta imunológica

Estudo da UFG comprova que tomar vacinas de laboratórios diferentes é mais eficaz

06/07/2023, às 15:01 · Por Redação

Um estudo conduzido por pesquisadores do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP) da Universidade Federal de Goiás (UFG) revelou que a combinação de diferentes vacinas contra a Covid-19, adotada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), resultou em uma considerável resposta imunológica nos indivíduos. A pesquisa, publicada recentemente no periódico internacional Vaccines, analisou os três tipos de imunizantes utilizados no Brasil para combater o vírus Sars-CoV-2: Coronavac, Astrazeneca e Pfizer.

A coordenadora do estudo, a doutora Simone Gonçalves Fonseca, explicou que desde o início da pandemia foi formado um grupo de estudos no Instituto de Imunologia do IPTSP para analisar o cenário virológico e imunológico do vírus. Com a chegada das vacinas, a equipe buscou avaliar a resposta imune após os ciclos de vacinação no país. Inicialmente, havia a preocupação se a vacina seria capaz de induzir a produção de anticorpos e proporcionar proteção.

A coleta de amostras de sangue para o estudo começou em fevereiro de 2021, com a biomédica Letícia Carrijo Masson, orientanda de mestrado de Simone Fonseca, realizando quatro coletas de sangue em cada participante. A tarefa foi desafiadora devido à incerteza sobre o calendário de vacinação e à necessidade de entrar em contato com os participantes a cada nova dose. Apesar de alguns participantes terem desistido ao longo do processo, foram analisadas amostras de sangue de 18 indivíduos vacinados com a Coronavac, 33 com a Astrazeneca e 27 com a Pfizer.

Os resultados mostraram que a resposta imune, medida pela produção de anticorpos, foi significativamente maior quando diferentes vacinas foram combinadas como reforço. A resposta imune após a dose de reforço foi diferente daquela observada nas duas primeiras doses e alcançou níveis mais elevados. No Brasil, muitas pessoas receberam a Coronavac inicialmente, seguida pela Pfizer como reforço. Aqueles que receberam a Astrazeneca como primeira dose foram imunizados com a Pfizer posteriormente. Já aqueles que receberam a Pfizer inicialmente receberam a mesma vacina como reforço.


UFG Pesquisa Vacinas
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