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A presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC-GO), Sucena Hummel, explicou porque ratifica as posições de Caiado

Entidades de classe endossam preocupações de Caiado com Reforma Tributária

04/07/2023, às 18:46 · Por Redação

Dois importantes players do cenário econômico goiano endossaram as preocupações do governador Ronaldo Caiado em relação às incertezas observadas no texto da Reforma Tributária, em tramitação no Congresso Nacional. O goiano tem protagonizado debates em torno da matéria para que a proposta seja reformulada, a fim de preservar prerrogativas de estados e municípios e não se sobrepor a autonomia dos entes federados. O assunto foi discutido por representantes de entidades goianas no programa Bom Dia Goiás, da TV Anhanguera, desta terça-feira (04/07).

A presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC-GO), Sucena Hummel, explicou porque ratifica as posições de Caiado. “Estava lendo ontem o projeto e fiz uma análise. Nós temos no texto 26 ‘poderá’. Então existe uma incerteza muito grande, para depois vir a ser remendado e corrigido por leis complementares”, observa. “O governador tem muita razão de estar preocupado com isso.” Ela também alertou quanto aos impactos diretos no bolso do cidadão. “Hoje, devido aos incentivos fiscais, muitos produtos, principalmente da cesta básica, têm isenções e muitas vezes são zerados. Pode acontecer de, lá no final, o consumidor ter de pagar”.

Sucena também citou informação dada em entrevista concedida pela secretária de Economia, Selene Peres, à emissora. Com relação aos eventuais entraves para geração de emprego, frisou as dimensões geográficas do Brasil e as particularidades de cada estado para estabelecer leis e incentivos fiscais. “Vai acabar essa guerra fiscal, como a reforma está falando. Vi ontem a entrevista da secretária e, diante dos estudos deles, podemos perder 700 empresas. Qual vai ser a vantagem de uma empresa vir e se instalar aqui? Estados e municípios vão perder muito nesta captação”, afirmou. 

A Reforma Tributária também é alvo de preocupação do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, que teme uma debandada das indústrias. “Você tira a competitividade e a capacidade que o Estado tem de gerar seus impostos, cotar despesas, atrair novas indústrias, para empregar as pessoas que estão aqui”, afirmou. “Da forma como estão fazendo, só vale a pena ter indústria onde tem centro consumidor”, alertou. “Acabou o incentivo, ela vai embora”, finalizou.


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