Assentamento do MST em Formosa sofre ameaças de jagunços de fazenda ocupada

Moradores do Acampamento Dom Tomás Balduíno, localizado próximo a Formosa, no Entorno do Distrito Federal, estão vivendo sob ameaça constante de jagunços que atuam em uma fazenda da região. Segundo relatos das famílias que residem no assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), homens armados cercaram a propriedade ocupada, gera temor e impede o recadastramento das famílias por parte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). As informações foram divulgadas pelo jornal Opção.

De acordo com os moradores, os jagunços ameaçam constantemente as famílias e impedem a entrada de representantes do Incra no local. O assentamento, ocupado há oito anos, conta com autorização do órgão para a ocupação, porém, o processo de reforma agrária foi paralisado em 2019. A propriedade está em processo de desapropriação devido a dívidas que chegam a R$ 60 milhões.

O Incra informou que todos os processos de aquisição de terras e criação de assentamentos foram interrompidos em 2019, o que impediu a finalização da reforma agrária no local. O instituto está buscando retomar o processo e acompanha de perto a situação no assentamento.

Após a denúncia, o Ministério Público Federal (MPF), a Promotoria Pública de Formosa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF) realizaram uma reunião para avaliar a gravidade da situação. Estima-se que cerca de 250 famílias estejam vivendo no acampamento, enfrentando as dificuldades impostas pelos jagunços e a incerteza em relação à conclusão da reforma agrária.

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