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Mesmo com queda do volume das importações de fertilizantes, produção agrícola em Goiás obteve variação positiva

IMB descarta influência negativa do conflito entre Rússia e Ucrânia no agro em Goiás

28/06/2023, às 21:09 · Por Redação

O conflito entre Rússia e Ucrânia, iniciado em fevereiro de 2022, não influenciou de forma negativa no desempenho da produção agrícola no Estado de Goiás, apesar da queda no volume das importações de fertilizantes. A informação consta no boletim divulgado pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB), que analisou os possíveis impactos da guerra sobre a importação dos insumos e a produção agrícola no Estado.

 

A análise do IMB também mostrou que, em 2022, o conflito contribuiu para uma variação negativa no volume importado de fertilizantes no Brasil (queda 8,3%) e Goiás (9%), na comparação com o ano anterior. No entanto, quando considerada a série histórica, iniciada em 2018, foi identificado um forte crescimento nas importações de fertilizantes. Entre 2018 e 2022, o volume importado pelo Brasil e por Goiás apresentou crescimento de 29% e 53%, respectivamente.

 

No início da guerra, entre abril e julho de 2022, o Estado de Goiás adiantou a compra dos insumos com o intuito de reduzir os impactos do conflito, dada às incertezas do mercado internacional. A iniciativa resultou no crescimento em 96% no volume importado no período.

 

Diante do embate entre os países, o desempenho comercial do produto foi atingido a partir de julho de 2022 em razão do aumento significativo no valor dos insumos. Apesar da queda do volume das importações de fertilizantes no período, o resultado não influenciou no desempenho da produção dos produtos agrícolas de Goiás.

 

Variação

Entre abril e julho de 2022, o preço médio do fertilizante, que anteriormente custava US$ 324,62, apresentou aumento significativo, chegando a US$ 880,05 em Goiás. Neste mesmo período, a taxa de câmbio teve uma variação positiva de 13%, e o preço médio dos fertilizantes mostrou um aumento de 19% para o Brasil e 33% para Goiás. Ou seja, além do impacto do aumento da demanda, o comportamento dos preços também foi influenciado por mudanças na taxa de câmbio.


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