Confira a lista de vacinas para goianos que vão curtir temporada do Rio Araguaia

Para se proteger contra tétano, febre amarela, gripe e Covid-19 antes de viajar para o Rio Araguaia, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) recomenda a imunização. A atualização do cartão vacinal é parte essencial do planejamento da viagem, tanto para crianças quanto para adultos.

Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde, destaca a importância de preparar as famílias para as férias por meio da vacinação de todas as faixas etárias. Ela ressalta que houve casos recentes de tétano acidental no estado e que doenças respiratórias continuam afetando crianças e adultos, enfatizando a importância de cuidar daqueles que amamos e dos outros.

O Rio Araguaia banha oito municípios: Aragarças, Aruanã, Baliza, Britânia, São Miguel do Araguaia (distrito de Luiz Alves), Santa Rita do Araguaia, Montes Claros de Goiás e Nova Crixás (distrito de São José dos Bandeirantes). Estima-se que essas cidades recebam cerca de 1 milhão de turistas nos meses de junho e julho.

Apesar do ambiente aberto dos acampamentos, as aglomerações são frequentes, o que torna necessário receber as vacinas contra a influenza e a Covid-19. No caso do tétano, o alerta é para acidentes durante pescarias e ao andar descalço nas praias. A contaminação pode ocorrer por ferimentos causados por materiais perfurocortantes, como metais enferrujados, madeira, espinhos, vidro ou outros objetos contaminados presentes no solo.

A imunização contra o tétano é realizada na infância, com a vacina antitetânica. O esquema vacinal completo, recomendado pelo Ministério da Saúde, é de três doses no primeiro ano de vida, com reforços aos 15 meses e aos quatro anos. Adolescentes e adultos devem receber uma dose de reforço a cada dez anos. Em casos de ferimentos graves ou gestação, é necessário antecipar a dose de reforço se a última dose tiver sido administrada há mais de cinco anos. A vacina não possui contraindicações e está disponível em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

Quanto à febre amarela, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti em áreas urbanas e pelo Haemagogus em áreas silvestres, há a possibilidade de um novo ciclo de circulação da doença em Goiás em 2023. Isso ocorre quando o vírus encontra condições favoráveis para a transmissão, como temperaturas elevadas, chuvas, baixa cobertura vacinal e, eventualmente, novas linhagens do vírus. A vacina contra a febre amarela é administrada aos 9 meses de idade, seguida de um reforço aos 4 anos. Para adultos não vacinados, apenas uma dose é necessária para a imunização.

Dados:

Tétano: Em Goiás, desde 2018 até abril de 2023, foram registrados 28 casos de tétano acidental, dos quais seis resultaram em óbito. A cobertura vacinal está em 67,21% para a pentavalente (menores de 1 ano), 47,79% para a DTP e 50,19% para a dTpa em gestantes.

Febre amarela: Neste ano, não há casos ou óbitos confirmados de febre amarela em Goiás. O último caso foi registrado em 2017, resultando em óbito. A cobertura vacinal para crianças menores de 1 ano, em 2023, está em 61,06%. Desde 2013, Goiás não alcança a meta de vacinação recomendada pelo Ministério da Saúde contra a doença.

Covid-19: Neste ano, Goiás registrou 862 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave por Covid-19, com 208 óbitos. Entre esses casos, 158 são de idosos.

Influenza: Em Goiás, o número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave por influenza é de 509, com 47 óbitos. Desses casos, 20 são de idosos. A cobertura vacinal dos grupos prioritários está em 52,41% neste ano.

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