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Goiânia, 29/05/24
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Justiça determina afastamento de diretor de unidade prisional em Caldas Novas e quatro policiais penais por 180 dias após denúncias de tortura registradas por câmeras de segurança

Afastamento de diretor de presídio e policiais é determinado após denúncia de tortura contra preso

24/06/2023, às 16:15 · Por Redação

A Justiça decidiu afastar o diretor da Unidade Prisional de Caldas Novas, juntamente com outros quatro policiais penais, pelo período de 180 dias, em decorrência de denúncias de tortura contra presos. A determinação foi baseada na necessidade de preservar a coleta de provas e evitar a continuidade das condutas sob investigação.

As torturas foram registradas pelas câmeras internas de segurança da unidade prisional. Segundo o promotor de Justiça Sávio Fraga e Greco, titular da 6ª Promotoria de Caldas Novas, no dia 10 de junho, os policiais penais agrediram um dos detentos e o forçaram a caminhar pelo corredor de uma ala, onde foi submetido a agressões por outros presos, incluindo pauladas, chineladas e cusparadas.

As imagens captadas revelam que os policiais tinham conhecimento das agressões e nada fizeram para impedir, o que levanta a necessidade de investigação da omissão por parte da direção da unidade. O promotor descreve o ocorrido como um "verdadeiro absurdo, que aconteceu diante dos olhos de pelo menos três membros da equipe de plantão naquele dia. Aliás, pelas aparências, essas pessoas pareciam se divertir com a cena", ressaltou.

A juíza responsável pela decisão destacou que é dever do Estado zelar pelo cumprimento adequado da pena dos detentos, garantindo-lhes segurança e dignidade.

O promotor informou que nos próximos dias irá apresentar uma denúncia criminal contra os investigados, após a conclusão das investigações sobre as condutas e omissões dos envolvidos.

Em nota, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) afirmou que, ao ser notificada, prontamente cumpriu a decisão e ressaltou que já havia sido instaurado um procedimento de sindicância em 16 de junho pela Corregedoria Setorial para apurar os fatos mencionados na decisão.


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