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Notificações de doença causada por carrapato ocorreram no interior do estado e não houve óbitos

Desde 2019, Goiás já registrou cinco casos de febre maculosa

16/06/2023, às 15:42 · Por Redação

Segundo nota divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) ao jornal POPULAR, foram registrados cinco casos de febre maculosa em municípios goianos desde 2019. Duas ocorrências foram notificadas em 2019, em Serranópolis e Guarinos; duas em 2020, em Abadiânia e Vianópolis; e uma em 2022, em Bom Jardim de Goiás. A SES-GO informou que não houve registros de óbitos causados pela doença no estado. A secretaria também destacou as ações em andamento para capacitar profissionais e prevenir uma maior propagação da enfermidade.

A SES-GO afirmou que já foram realizadas 17 capacitações dos profissionais de saúde dos municípios em relação a doenças como Chagas, Leishmaniose e febre maculosa. Em 2022, houve uma atualização técnica em parceria com o Ministério da Saúde e a equipe da Secretaria de Estado, abordando o manejo epidemiológico e entomológico da doença. Além disso, são feitas recomendações sobre medidas preventivas, como a instalação de placas de alerta, e o controle em áreas consideradas de risco, onde foram encontrados carrapatos positivos ou casos confirmados.

No dia 27 de maio, na zona rural de Campinas, São Paulo, várias pessoas participaram de um evento na Fazenda Santa Margarida, e até o momento, cinco dos presentes contraíram a doença, resultando em quatro mortes e uma internação. Uma semana depois, em 3 de junho, um show do cantor Seu Jorge foi realizado no mesmo local, com cerca de 10 mil espectadores. Uma mulher de 38 anos que esteve no show foi internada com suspeita de febre maculosa.

A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada de carrapatos, incluindo o carrapato-estrela. A doença tem início abrupto, com febre alta, dores intensas na cabeça e nos músculos, seguidas de inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Em casos mais graves, podem ocorrer sangramentos na pele e hemorragias, podendo levar à morte.

O Ministério da Saúde identificou duas espécies de bactérias do gênero Rickettsia associadas aos quadros clínicos da febre maculosa. A Rickettsia rickettsii está ligada à Febre Maculosa Brasileira (FMB), considerada a forma grave da doença, registrada no norte do Paraná e nos estados da região Sudeste. Já a Rickettsia parkeri causa quadros menos graves e está presente em ambientes da Mata Atlântica (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará).


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