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Goiânia, 29/05/24
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Grupo vendeu medicamentos para Goiás e outros 11 estados, além do Distrito Federal, segundo o delegado. O grupo movimentou R$ 6 milhões em seis meses

Grupo é detido por vender remédios falsos a hospitais e faz paciente ser internado na UTI

02/06/2023, às 09:54 · Por Redação

Cinco indivíduos foram presos sob suspeita de integrarem uma quadrilha que comercializava medicamentos falsificados em Goiás, bem como em outros 11 estados e no Distrito Federal. O grupo utilizava a empresa de fachada "Farma Med", incluindo uma filial em Abadia de Goiás, para lavar o dinheiro proveniente das vendas ilícitas. Segundo o delegado Murillo Leal, em apenas seis meses, estima-se que a quadrilha tenha movimentado cerca de R$ 6 milhões.

O líder do grupo, identificado como Sidney Donizetti Pereira Júnior, foi preso juntamente com seu pai, Sidnei Donizetti Pereira, que atuava como gerente. Além disso, Jilmar Rodrigues Trindade e Rosimar Rodrigues dos Santos desempenhavam funções de apoio logístico, enquanto Agmar Bruno da Silva atuava como "laranja". Segundo Murillo, as prisões ocorreram preventivamente em março, mas foram divulgadas apenas nesta quinta-feira (1º).

A investigação teve início em abril de 2022, após um paciente de um renomado hospital em Goiânia ser internado na UTI devido à administração de uma imunoglobulina falsa. Esse medicamento de alto custo é utilizado no tratamento de pacientes com deficiências imunológicas graves que necessitam de respostas rápidas ao tratamento.

Durante as investigações, constatou-se que a empresa responsável pela venda do medicamento ao hospital tinha sede na Bahia, mas não possuía instalações físicas ou funcionários. Ao rastrear as informações, verificou-se que a empresa vendia outros medicamentos, sendo que somente a imunoglobulina teria movimentado R$ 6 milhões em vendas para três estados, incluindo hospitais, planos de saúde e distribuidoras de medicamentos.

A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da empresa em Abadia de Goiás e nas residências dos administradores, apreendendo medicamentos de uso restrito e dispositivos eletrônicos. Por meio desses objetos, foram encontrados áudios de conversas entre os suspeitos, nos quais discutiam sobre a alteração da validade de frascos de outros medicamentos, além de fotografias de caixas de imunoglobulinas armazenadas de forma inadequada, com as mesmas características das vendidas ao hospital de Goiânia.

De acordo com Murillo, foram encontrados vários frascos de medicamentos vazios na residência dos suspeitos. Agora, eles enfrentarão acusações de organização criminosa, tentativa de homicídio qualificado, falsificação de medicamentos e falsidade ideológica.

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