Poder Goiás
Goiânia, 29/05/24
Matérias
Divulgação

Máquina viabilizou o surgimento de vacinas contra a Covid-19

UFG recebe único equipamento no Brasil para pesquisa em nanotecnologia farmacêutica

31/05/2023, às 18:41 · Por Redação

O NanoAssemblr® Ignite™, fabricado no Canadá, e por enquanto o único no Brasil, já está em uso no Centro de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Fármacos, Medicamentos e Cosméticos (FarmaTec) para pesquisas prioritariamente voltadas para o tratamento de doenças crônicas pulmonares, a terceira maior causa de mortes em todo o mundo.

No Farmatec, instalado no Parque Tecnológico Samambaia (PTS), da UFG, o grupo de pesquisadores liderado pela professora Eliana Martins busca a nanotecnologia com a expectativa de fazer a diferença no combate às doenças do pulmão. E o equipamento recém-chegado proporciona maior segurança na reprodução das formulações. O Ignite foi adquirido em fevereiro do ano passado, três anos após ter sido lançado pela empresa canadense Precision NanoSystems (PNI), que é líder global em pesquisa, desenvolvimento e fabricação de terapias celulares e genéticas baseadas em nanomedicina. Única representante de Goiás no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Nanotecnologia Farmacêutica, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), ela conseguiu comprar o equipamento de US$ 130 mil, com recursos gerenciados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A Professora titular da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás (UFG) e há 30 anos pesquisando nanotecnologia voltada para ciências farmacêuticas, doutora Eliana Martins Lima comemorou a chegada de um novo equipamento para o laboratório que idealizou e coordena,.  O Ignite, como já vem sendo chamado entre os pesquisadores, foi a tecnologia fundamental para o desenvolvimento de duas das principais vacinas contra Covid-19, a da Pfizer e da Moderna, que utilizam RNA mensageiro, a “receita genética” que leva o organismo a produzir anticorpos de defesa ao coronavírus.

Eliana Martins lembra que, ao contrário do que foi amplamente discutido, as pesquisas com RNA não são recentes. Elas iniciaram há cerca de 60 anos e o que aconteceu na pandemia foi o uso da nanotecnologia, acelerando o processo de criação, em escala industrial, dos imunizantes. Nas ciências farmacêuticas, explica Eliana Martins, a nanotecnologia significa manipular materiais de tamanho ínfimo, que só podem ser vistos com microscópios eletrônicos. Para efeito de comparação, um nanômetro é um bilhão de vezes menor do que um metro. “Nessa manipulação, permitimos novas funcionalidades. 


UFG Nanotecnologia
P U B L I C I D A D E