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Goiânia, 29/05/24
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Nas imagens, é possível observar a anaconda se movendo lentamente logo após se alimentar de outra cobra

Butantan vai pesquisar vídeo de sucuri que engoliu cobra viva em Caçu

23/05/2023, às 12:37 · Por Redação

O Instituto Butantan está analisando as imagens de um vídeo impressionante que mostra uma sucuri-verde (Eunectes murinus), de cinco metros, regurgitando outra cobra da mesma espécie. Assista abaixo.

O registro foi feito pelo pecuarista e pescador esportivo Marcelo Parreira, na represa de uma usina hidrelétrica, no limite entre os municípios de Itarumã e Caçu, no interior de Goiás. A imagem da cobra também conhecida como ‘anaconda’, foi publicada no “Se eu não tivesse filmado diriam que era história de pescador”, conta ele aos risos.

Marcelo Parreira pesca na região a cerca de oito anos e ficou intrigado com o tamanho da sucuri. Ele relata que, ao sair da água, a serpente passou bem perto de seu barco, que mede seis metros de comprimento. “Tinham poucos centímetros de diferença. A sucuri parecia saudável e era muito bonita”, relembra Marcelo.

Nas imagens, é possível observar a anaconda se movendo lentamente logo após se alimentar. De repente, ela abre a boca, revelando a cabeça de outra cobra. "Fiquei sem entender o que estava acontecendo, ela tinha engolido e regurgitado uma cobra que também era muito grande".

Diante desse comportamento peculiar, os pesquisadores do Instituto Butantan têm formulado hipóteses para explicar o ocorrido. Uma possibilidade é que a escassez de recursos alimentares durante o período de reprodução tenha levado ao canibalismo entre as cobras. "A falta de presas adequadas pode ter feito com que a sucuri se alimentasse por necessidade", conta Otávio Marques, professor do Instituto Butantan.

Selma Almeida Santos, pesquisadora do Butantan, também menciona a possibilidade de a cobra regurgitada ser um macho, envolvido no processo de cortejo da fêmea.

“Durante o acasalamento, várias sucuris macho se aglomeram ao redor de uma única fêmea, competindo por uma melhor posição. É provável que esse macho solitário estivesse cortejando a fêmea e tenha se tornado uma presa fácil, tendo muita sorte de sobreviver”, destaca.

Além disso, o ato de defesa também pode ser uma explicação possível no mundo da ciência. “A sucuri pode ter se sentido incomodada com as investidas da fêmea e atacou a outra cobra como forma de defesa. Todas essas teorias serão analisadas em detalhes”, explica a pesquisadora.

As informações são do G1. 


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