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Operação Penalidade Máxima apontam que esquema de manipulação foi além de cartões

Presidente do Goiânia nega que atletas tenham deixado o clube por suspeita de manipulação de resultado de jogo contra o Goiás

13/05/2023, às 12:56 · Por Redação

O presidente do Goiânia Esporte Clube, Alexandre Godoi, negou que atletas tenham deixado o clube depois da suspeita de manipulação no resultado de um jogo contra o Goiás, pelo Campeonato Estadual, no dia 12 de abril. Pelo menos quatro atletas foram demitidos. Entre eles, o zagueiro Olívio Aparecido e Lúcio. 

Essa partida é investigada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) na Operação Penalidade Máxima. A manipulação aparece em uma troca de mensagens por aplicativo entre Bruno Lopes, apontado como chefe do esquema, e o lateral-esquerdo Denner Barbosa, revelado pelo Corinthians e à época jogador do Operário, do Mato Grosso. 

Um dia antes da partida, Denner Barbosa, que também tinha contatos no futebol goiano, diz em uma mensagem que tem “uma linha de trás todinha”, se referindo à zaga, em um time goiano e que poderia perder no primeiro tempo. Depois, os dois então combinam os valores, cerca de R$ 10 mil por jogador. Um transferência bancária a qual o portal ge teve acesso mostra que Denner recebeu R$ 20 mil. 

A partida entre Goiás e Goiânia fazia parte de uma aposta múltipla, modalidade permitida pelos sites. O jogo acabou em 2 a 0. O Goiás abriu o placar logo aos três minutos de jogo, com Lucas Halter, de cabeça, e ampliou a vantagem aos 43 minutos, com um gol de Vinícius.

Há 20 dias, o presidente do Goiânia, Alexandre Godoi, lamentou a suspeita de manipulação do resultado desta partida e negou que desligamentos recentes tenham relação com as investigações. O promotor Fernando Cesconetto disse em entrevista que não podia mencionar nomes porque a investigação ainda estava em curso. 

Bruno Lopez está preso preventivamente, acusado de ter cometido 13 vezes o crime de oferecer dinheiro para manipular resultados de competições esportivas. Denner Barbosa chegou a ser interrogado pelo Ministério Público em 25 de abril, mas não foi denunciado. A defesa do atleta informou que Denner é inocente e que apenas fingiu que participaria do esquema para receber o dinheiro de uma dívida antiga que Bruno Lopez tinha com ele.


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