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Cid Vaz

Goiás está em 2° lugar no ranking de estados com maior número de resgates de trabalho análogo à escravidão; dados são do Ministério Público do Trabalho (MPT) e mostram que Minas Gerais ocupa a primeira colocação

Goiás está em 2° lugar no ranking de estados com maior número de resgates de trabalho análogo à escravidão

03/05/2023, às 14:48 · Por Redação

Goiás é o segundo estado do Brasil com o maior número de pessoas resgatadas de trabalho análogo à escravidão em 2022, com 267 resgates, um aumento de 12% em comparação com 2021, conforme dados do Ministério Público do Trabalho (MPT). O estado ficou atrás apenas de Minas Gerais, que lidera o ranking, com 1.012 trabalhadores resgatados. Piauí, Rio Grande do Sul e São Paulo aparecem nas últimas colocações.  

O trabalho análogo à escravidão é uma grave violação dos direitos humanos e consiste em condições de trabalho degradantes e exploratórias, nas quais os trabalhadores são submetidos a jornadas exaustivas, falta de condições sanitárias e de segurança, além de não receberem salários adequados.

Segundo o MPT, os principais setores da economia que registraram casos de trabalho análogo à escravidão em Goiás foram a agropecuária, construção civil, carvoarias, operação de motosseras, confecções e garimpos. Os trabalhadores resgatados eram em sua maioria migrantes em busca de trabalho e que acabavam sendo submetidos a condições degradantes.

Conforme o levantamento de 2022, os municípios de alta incidência de resgates foram Varjão de Minas/MG (273 resgatados), Bom Jesus/RS (80), Nova Ponte/MG (74), Iraí de Minas/MG (54), São Simão/GO (51), Lassance/MG (48), São Joaquim/SC (46), Naviraí/MS (45), Iguatemi/MS (44) e Nazário/GO (40). Entre as capitais, destacaram-se no período São Paulo/SP, Fortaleza/CE, Rio de Janeiro/RJ e Belo Horizonte/MG, além de Brasília/DF.

O combate ao trabalho análogo à escravidão é uma prioridade do Ministério Público do Trabalho, que tem realizado diversas ações para coibir essa prática e garantir a proteção dos direitos dos trabalhadores. Além disso, é importante que a sociedade como um todo esteja atenta e denuncie casos de trabalho escravo, para que possam ser tomadas medidas para acabar com essa prática ilegal e desumana.

"O Observatório tem se consolidado, ano após ano, como uma ferramenta valiosa no desenho da política de combate ao trabalho análogo ao de escravo e ao tráfico de pessoas. Aumentar a base de conhecimento é fundamental para a elaboração de políticas públicas, e quanto mais informações dos diferentes órgãos estiverem à disposição, melhor a ação do estado brasileiro para alcançar o objetivo de erradicar essa chaga", disse o secretário de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, disse Luiz Felipe Brandão de Mello ao jornal A Redação. 


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