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Goiânia, 29/05/24
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Produtividade ambulatorial e hospitalar saltou de 3,2 milhões para 6,6 milhões de procedimentos

Saúde amplia consultas e exames na rede estadual

02/05/2023, às 16:05 · Por Redação

A produção ambulatorial e hospitalar da rede estadual de Saúde dobrou entre 2021 e 2022. Ela saltou de 3,2 milhões para 6,6 milhões, um crescimento de 107,8%. O aumento foi puxado principalmente por conta do acréscimo no volume total de consultas e exames realizados pela rede. O maior crescimento no que diz respeito a procedimentos foi no número de cirurgias eletivas, que praticamente triplicou entre os dois últimos anos. Com o aumento da produção, a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) pediu ao Ministério da Saúde um aumento de R$ 1 bilhão no valor do financiamento federal por meio do Teto Média e Alta complexidade (MAC), que custeia os hospitais e policlínicas que fazem os procedimentos especializados dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), em Goiás. O governador Ronaldo Caiado protocolou, no dia 13 de abril, um pedido de aporte de R$ 500 milhões em parcela única, e de outros R$ 500 milhões, fracionados mensalmente.

“O que recebemos hoje representa 10% do que gastamos. Os outros 90% saem do Tesouro estadual. O Ministério da Saúde foi sensível a isso e sinalizou que a proposta será acatada, mas que nem todo o valor que pedimos será enviado. Ainda está sob avaliação”, conta Sérgio Vencio, titular da SES-GO. Vencio explica que apesar da demanda represada de procedimentos durante a pandemia da Covid-19 ter influenciado no crescimento de procedimentos em 2022, o aumento se deve principalmente à expansão da rede. “Temos 24 hospitais estaduais. Todos contam com uma parte de atendimento ambulatorial. Além disso, temos seis policlínicas que oferecem consultas em mais de 20 especialidades médicas”, diz.

Apesar de o estado ter acrescido a quantidade de cirurgias eletivas em 168,5%, o número de procedimentos do tipo ainda precisa aumentar. “Mesmo assim, a fila não para de crescer. Para ela começar a diminuir, precisamos aumentar a produção em 20%”, diz. A única redução apresentada foi na quantidade de transplantes, que caiu de 19,6 mil para 11 mil, um decréscimo de 44%. Vencio pontua que atualmente existe uma auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE) para averiguar a eficiência dos processos e procedimentos dentro do Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), uma das unidades modelo do estado. “Ela vai mostrar o que podemos melhorar, como podemos deixar o dinheiro investido mais eficiente”, esclarece. De acordo com ele, com base em resultados já obtidos pela auditoria, uma das mudanças que deve acontecer nos próximos editais para gestão das unidades de saúde do estado é a maneira como a meta de cirurgias é organizada. “Vamos passar a ter meta de cirurgias por porte (pequeno, médio e grande). Dessa forma, faremos mais procedimentos, gastando o mesmo tanto de dinheiro”, afirma.


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