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GCM que agrediu esposa grávida pediu para que ela retirasse denúncia; João Paulo Borges Neto não pode se aproximar da vítima por conta de medidas protetivas de urgência concedidas pela Justiça

GCM que agrediu esposa grávida pediu para que ela retirasse denúncia

18/04/2023, às 11:27 · Por Redação

O guarda civil metropolitano João Paulo Borges Neto, de 37 anos, que agrediu a esposa grávida de um mês, no dia 13 de abril, entrou em contato com a vítima, por mensagens, na noite do último domingo, 16, pedindo para que ela retirasse a denúncia. Segundo a vítima, o agressor disse que chamaria a imprensa caso a queixa não fosse retirada. “Ele está falando que vai chamar a imprensa, falar que sou louca, e que a única forma de ele não fazer isso é retirando a queixa”, contou a vítima.

Além disso, o marido da vítima diz que o advogado dele poderia entrar em contato com ela e orientá-la sobre a desistência da denúncia. A grávida, de 24 anos, foi agredia com vários socos, inclusive no rosto. Ela recebeu alta do hospital, mas continua com o risco de perder o bebê, pois teve deslocamento de placenta e os médicos apontaram que a situação é irreversível. A vítima diz que está abalada e em pânico. 

A arma e munições que João Paulo usava como GCM foram apreendidas depois de determinação judicial, na madrugada do último sábado, 15. A Justiça de Goiás também concedeu medidas protetivas à vítima. O suspeito não pode se aproximar dela durante 180 dias ou enquanto durar a ação penal do investigado. Abalada e em pânico, a vítima relatou que o agressor está com ódio dela. “Vou ter que voltar à polícia agora para relatar esse novo episódio”, revelou.

O caso
No dia 13 deste mês, a esposa de João Paulo Borges denunciou ter sido agredida pelo companheiro. Segundo a vítima, as agressões começaram após descobrir que o marido usava drogas e por ter escondido a arma do agressor. “Ele me deu soco, tapa e pontapé. Eu desmaiava, ele me acordava e me dava mais socos. Ele me disse que eu não sairia viva dali e que era o meu dia", diz.

A Guarda Civil Metropolitana (GCM) informou que o servidor já estava afastado das funções administrativas e operacionais da Guarda e que, agora, será aberto procedimento administrativo disciplinar para investigar o caso. João Paulo também foi desligado de suas funções públicas junto ao vereador Lucas Kitão (PSD). Desde então, ele segue desaparecido.


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