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SES afirma que fake news têm impacto negativo na cobertura vacinal e lembra que, desde o início da campanha, 73 mil pessoas se imunizaram

Notícias falsas atrapalham vacinação contra Influenza em Goiás

15/04/2023, às 10:58 · Por Redação

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta para notícias falsas (fake news) que circulam em grupos de aplicativos de mensagens e redes sociais, promovendo crenças negativas relacionadas às vacinas. A pasta reforça que a imunização é a melhor forma de impedir o avanço de doenças como a Influenza e a Covid-19 e orienta a população a buscar os postos de atendimento para colocar em dia as doses previstas no cartão de vacinação.

Ao jornal O Popular, a superintendente de Vigilância em Saúde da pasta, Flúvia Amorim, disse que as autoridades de saúde estão enfrentando dificuldades para combater notícias falsas sobre imunizantes. “O nosso trabalho é baseado em evidências. Para evitar internações e óbitos, precisamos ampliar a cobertura”, ela acrescentou que, desde 4 de abril, somente 73 mil pessoas, 3,5% do público alvo, compareceram às unidades de saúde para se vacinarem. “Dos mais de 7 milhões de goianos, 2,5 milhões deveriam buscar os postos de vacinação”, enumera.

Entre as informações falsas divulgadas, estão mentiras sobre efeitos colaterais das vacinas, questionamentos sobre eficácia e campanhas para desestimular a imunização das crianças. No entanto, Flúvia Amorim, destaca que o enfrentamento da pandemia, por exemplo, só foi possível graças às vacinas. “Elas foram responsáveis por salvar vidas e amenizar sintomas, no caso da Covid-19”, explica.

Antes de ser liberada para aplicação na população, uma vacina precisa atender a padrões de exigência de qualidade, segurança e eficácia. Toda vacina passa por vários estágios de desenvolvimento: pesquisa básica e testes não clínicos, três fases de estudos clínicos e, por fim, o registro pela Anvisa, que permite a comercialização e distribuição no Brasil.

Coberturas

Para as autoridades de saúde, a desinformação causa efeito negativo nas taxas de vacinação. O vírus do sarampo, por exemplo, doença que estava em processo de eliminação no país, retornou a circular. Em Goiás, foram notificados 15 casos da doença em 2019 e outros cinco em 2020. Em 2022, a cobertura da Tríplice Viral – imunizante contra a rubéola, sarampo e caxumba – foi de 81,28% no estado. Esse porcentual está muito abaixo do preconizado, que é de 95%. 

“Precisamos alcançar a meta de 95%, porque, ao alcançarmos esse percentual de crianças imunizadas, as outras 5% não se contaminam, pois não resta número suficiente de crianças suscetíveis para se manter uma cadeia de transmissão do vírus”, explica Flúvia, ressaltando que a proteção do público infantil e adulto é realizada de forma simples e gratuita, em postos espalhados por todos os municípios.

Mortes

Até a semana epidemiológica 14 (2/4 a 8/4), a Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) registrou 185 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave  (Srag), a maioria, 64,86% por Sars-CoV-2, o vírus causador da Covid-19. Chama a atenção os óbitos de três pessoas, duas de Senador Canedo e um de Goiânia, pelo vírus Influenza B. Nenhuma delas era idosa. Duas tinham idade entre 15 e 29 anos e a terceira era um bebê de cinco meses. “A vacina está aí. Se o número de pessoas imunizadas aumentar, tenho certeza que vamos controlar as formas mais graves de Srag”, orienta Flúvia Amorim.


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