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Fátima Gavioli é contra uma revogação total da proposta, pelo grande investimento financeiro para as adequações

A posição da Seduc sobre a suspensão do cronograma do Novo Ensino Médio

09/04/2023, às 18:10 · Por Redação

Alívio e preocupação. São os sentimentos da Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) sobre a suspensão, na última terça-feira, 4, que decidiu suspendeu o cronograma de implementação do Novo Ensino Médio.

O alívio é pela abertura de diálogo sobre a proposta com a comunidade escolar. Durante os 60 dias que perdurar a suspensão, contados a partir desta terça-feira, 4.

A preocupação ocorre diante da necessidade de mudanças no ensino médio, segundo a pasta, mas a principal crítica é relacionada à falta de tempo para os entes federativos se adequarem às mudanças.

A titular da pasta, Fátima Gavioli, aponta que “era realmente difícil manter essa proposta do Novo Ensino Médio”, mas ressalta que, diante do grande investimento financeiro aplicado para as adequações na rede estadual de educação, seria prejudicial uma revogação total.

 “Nosso medo era de revogar, porque da forma que estava antes da nova proposta não estava funcionando. A gente estava com indicadores de jovens do ensino médio que saíam sem vocação profissional, sem entender o projeto de vida para o futuro dele”, declarou ao O Popular.

O próprio ministro da Educação, Camilo Santana, diz ser contrário à revogação total do Novo Ensino Médio e que deve ocorrer apenas ajustes no modelo. A fala ocorre em meio às cobranças de entidades estudantis e sindicais para revogar a proposta, o que causou desgaste na imagem do governo federal e motivou a suspensão do cronograma para implementação.

O período suspensivo ocorre juntamente com o tempo de consulta pública para “avaliação e reestruturação da política nacional de Ensino Médio”, conforme especifica a Portaria nº 399, publicada no dia 8 de março deste ano. A consulta será feita durante 90 dias, por meio de audiências públicas, seminários e pesquisas com estudantes, professores e gestores.

 “Ao final de 60 dias (prazo da suspensão e para o fim da consulta pública), eles (MEC) acham que é possível apresentar um novo cronograma com propostas que, segundo o grupo que é contra a proposta atual, seria muito mais fácil e viável de ser implementada”, explica Fátima. Ainda de acordo com a secretária, uma proposta de aumentar a carga horária da formação geral básica e diminuir itinerários é uma possibilidade.


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