MST desocupa fazenda de Hidrolândia e questiona atuação da PM de Goiás

Após a desocupação da Fazenda São Lukas, localizada em Hidrolândia, na Região Metropolitana de Goiânia, de propriedade da União, na noite deste sábado, 25, o Movimento dos Sem Terra (MST) divulgou uma nota à imprensa informando que a saída das 600 famílias da área ocorreu de forma pacífica e que a Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) promoveu despejo fora de sua jurisdição.

O MST informou que a ocupação fez parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres sem Terra.  Até 2009, o imóvel rural era de propriedade de um grupo de condenado por exploração sexual de mulheres. Os responsáveis pelos crimes foram presos pela Polícia Federal. A PM de Goias esteve no local para acompanhar a situação é informou que as famílias  saíram da fazenda no começo da noite deste sábado.

Conforme a nota do MST, apesar de não terem permanecido, a avaliação do grupo é que “a ação cumpriu o objetivo de destinar esta área da União para a reforma agrária”, diz a comunicado ao informar que o superintendente regional da Secretaria de Patrimônio da União em Goiás (SPU-GO), Uzias Adorno, esteve no local, vistoriou a área e informou que o local será entregue ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Sobre a atuação do PM, o grupo lembrou que “é  importante salientar também que a Polícia Militar de Goiás promoveu o despejo fora de sua jurisdição, sem pedido de reintegração de posse e, portanto, sem nenhuma notificação administrativa ou judicial”, completou. 

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