Abate de suínos em Goiás alcança recorde de 2 milhões de cabeças em 2022

O alto custo de produção e a queda no preço da arroba do boi reduziram o volume de abates de bovinos em Goiás no ano passado. Conforme a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, divulgada nesta quarta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostrou um crescimento dos abates de suínos e aves e na produção de ovos em 2022, indicando que o consumidor substituiu a carne bovina por outras proteínas mais baratas.

Segundo o estudo, Goiás abateu 2 milhões de suínos, um número recorde da série histórica. Após uma alta de 13% no quarto trimestre, o abate de frangos atingiu 466,4 milhões de unidades em 2022, uma alta de 0,9% em relação a 2021 e o maior valor da série histórica goiana. Assim como no caso dos suínos, o abate de frangos se beneficiou da alta demanda no mercado interno, com preços mais em conta que a carne bovina. O estado também produziu 103,2 milhões de dúzias de ovos em 2022, 2,9% mais que no ano anterior.

Por outro lado, foram abatidas 2,9 milhões de cabeças de gado no Estado no ano passado, 0,8% menos que em 2021. Segundo o IBGE, a queda se deve principalmente à redução de 16% no quarto trimestre em relação ao terceiro trimestre do ano, o maior recuo entre os estados. Goiás foi o quarto maior produtor nacional, respondendo por cerca de 10% das 29,8 milhões de cabeças de bovinos abatidas em todo o País.

Ao contrário de Goiás, os abates no País aumentaram 7,5% na comparação com 2021. “Podemos dizer que houve quase uma estabilidade da produção em 2022, enquanto o crescimento no Brasil ocorreu depois de duas quedas consecutivas”, afirmou o superintendente do IBGE em Goiás, Edson Roberto Vieira, ao jornal O Popular. Além disso, ele lembra que o estado já tinha registrado um crescimento considerável dos abates em 2021, na comparação com o ano anterior.

“A procura do consumidor por diversificar o consumo de proteína elevou a demanda interna por suínos e frangos, e isso se refletiu no aumento dos abates desses animais”, explica o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça. “São flutuações de mercado, e é importante ressaltar a solidez e o dinamismo da pecuária goiana e brasileira. A cadeia da carne conseguiu atender essa nova demanda e garantir o abastecimento do mercado”, completou.

Ovos
O IBGE pesquisou ainda a “produção de ovos de galinha” e a “produção de ovos de galinha para consumo” no ano passado. As granjas goianas entregaram 216 milhões de dúzias de ovos em 2022. O volume representou crescimento de 1,7% em relação a 2021. Enquanto isso, os “ovos produzidos para consumo” totalizaram 103,2 milhões de dúzias (mais 2,9%).

Por fim, a Pesquisa Trimestral de Abates de Animais trouxe dados sobre a produção de leite. Em 2022, a quantidade de leite cru adquirido em Goiás caiu 11,2% frente ao resultado do ano anterior. Foram 2,2 bilhões de litros. O preço médio pago ao produtor ficou em R$ 2,76, valor 29% superior ao de 2021. De acordo com o IBGE, problemas climáticos relacionados ao fenômeno La Niña e altos custos de produção influenciaram o resultado.

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