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Goiânia, 29/05/24
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Apenas 19% de entregadores e motoristas de aplicativo de Goiânia contribuem para o INSS; representantes da categoria querem que o profissionais se conscientizem sobre a importância da cobertura

Apenas 19% de entregadores e motoristas de aplicativo de Goiânia contribuem para o INSS

28/02/2023, às 15:50 · Por Redação

No Brasil, cerca de dois milhões de motoristas trabalham com transporte ou entrega por aplicativo e apenas 23% contribuem para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em Goiânia, o dado é um pouco mais alarmante, pois o quantitativo é de apenas 19%. Os dados foram levantados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O representante dos profissionais por aplicativos de Goiânia, Miguel Veloso, disse ao portal Mais Goias que quer que os colegas se conscientizem sobre a importância da cobertura. “Pode ser pouco o que o INSS paga, mas se o trabalhador está impossibilitado de trabalhar, essa ajuda pode ser fundamental para toda a família. É obvio que o INSS vive em crise. Existe muita demora para pagar os benefícios, mas seria pior quando a pessoa não tem nenhum direito para reclamar”, pontuou o profissional.

Ele reconheceu, ainda, que a baixa procura dos profissionais pelo INSS tem a ver com a baixa dos aplicativos de transporte. “É preciso melhorar muito com relação aos ganhos dos profissionais, como por exemplo o valor pago por uma corrida mínima, que está na casa dos R$ 3,50 para motoqueiros e R$ 5,40 para motoristas”, explicou.

Ele completou que os valores são considerados muito baixo por se tratar de um transporte particular. “E o aplicativo chega a descontar 40% do valor pago pelo passageiro, dependendo da demanda e das promoções. Hoje a pequena contribuição para o INSS por mês pode significar algo na mesa desse trabalhador.”

Entre os benefícios do trabalhador que contribui para o INSS estão aposentadoria, aposentadoria por invalidez, salário maternidade, auxílio-doença. Se o trabalhador contribui como microempreendedor individual (MEI) – que paga 5% do salário mínimo (hoje R$ 66 por mês).  

Vários fatores explicam por que um trabalhador autônomo contribui ou não com o INSS, e o principal deles é a renda. “Creio que esse desinteresse é devido à falta de cultura em pagar o imposto. Como na CLT o mesmo é descontado em folha, para os motoristas autônomos passa a ser uma responsabilidade nova e por isso que mesmo com as sugestões vindo das associações de classe a adesão é baixa,” explica Miguel Angelo Pricinote, coordenador técnico do Mova-se Fórum Nacional de Mobilidade. 


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