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Goiânia, 29/05/24
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Homem teria senha de acesso a sistema de regulação

Suspeito de fraudar fila do SUS já responde pelo mesmo crime desde 2014

10/02/2023, às 09:27 · Por Redação

Entre os presos na operação contra fraude na fila de cirurgias pela rede pública, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás,  está um homem que já foi detido em 2014 pela mesma prática. Na época a defesa de Ismaclei Junior Tavares,  usou a mesma justificativa apresentada nesta quinta, 9, de que  seria um representante da regulação de municípios e que trabalharia para prefeituras. Ao todo, Ismaclei teria acesso a 15 senhas e, só nos últimos 6 meses, teria feito 1,9 mil inserções fraudulentas no sistema.

O caso desvendado nesta semana envolve pelo menos 1,9 mil fraudes e é o terceiro deste tipo registrado nos últimos quatro anos. A investigação conduzida pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), descobriu que os pagamentos de até R$ 5 mil estavam sendo feitos a operadores do sistema de regulação. É a partir desse sistema que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) consegue organizar a fila de prioridades para diversos procedimentos, dando agilidade para casos graves e controlando a espera dos demais.

Os municípios têm senhas próprias para incluir seus pacientes nas listas. Seria por meio dessas senhas que o esquema teria se viabilizado. Além de Goianira, cidade em que Ismaclei foi preso, a Polícia Civil cumpriu mandados em Goiânia, Anápolis, Damolândia, São Miguel do Araguaia e Teresina de Goiás.

As fraudes eram feitas para diversos procedimentos, como consultas, exames e internações. No entanto, a maioria apurada é de cirurgias estéticas, parte significativa realizada no Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), situado na capital. Além do falso representante da regulação, estão entre os presos o vereador Joubert Tolentino Meira (Cidadania), de São Miguel do Araguaia, e o ex-prefeito de Teresina de Goiás, Odete Teixeira Magalhães. 


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