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Fernanda Ferreira ficou com o rosto inchado após decepar parte do dedo de um policial militar em Aparecida de Goiânia

MP de Goiás pede soltura de jovem que arrancou parte do dedo de policial durante abordagem

09/02/2023, às 11:50 · Por Redação

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu a revogação da prisão de Fernanda Ferreira de Sousa, de 26 anos, que foi presa suspeita de agredir e decepar parte do polegar direito de um subtenente da Polícia Militar (PM), em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da Capital. A decisão foi assinada pelo promotor Marcelo Faria da Costa Lima, na última terça-feira, 7.

No documento, Marcelo Faria também pede a soltura de Hellen Cristina Ferreira Souza, de 21 anos. Ela estava com Fernanda em uma distribuidora do Setor Colina Azul, quando foram abordadas e presas pelo subtenente Uanderson Braz da Cruz. As mulheres, no entanto, ainda não haviam sido soltas até esta quarta-feira,8, segundo o advogado de defesa das suspeitas, Gabriel Celestino.

O advogado afirmou que as mulheres foram agredidas pelo militar porque filmaram uma abordagem e que os celulares das suspeitas “sumiram” após a prisão. Ainda de acordo com ele, Hellen decepou parte do dedo do policial para se defender dele.

Para o promotor, as marcas e hematomas nos rostos das presas deixam claro que elas foram agredidas por Braz. A conduta do militar, inclusive, é investigada pela PM, de acordo com o documento. “A feição das conduzidas evidenciam de modo muito contundente a prática de agressões praticadas pelos policiais militares. Ignorar isso é ignorar o óbvio. Obviamente, toda a ação deverá ser melhor apurada em sede do caderno policial”, afirmou o promotor no documento.

Marcelo diz ainda que não entende como as suspeitas foram presas por agredir o militar, sendo que ele é investigado por abuso de autoridade durante o procedimento. “O contexto em que se deram os fatos é estranho o suficiente para colocar em dúvida a lisura da ação policial e, consequentemente, decretar uma prisão preventiva cuja premissa básica é a existência de indícios idôneos de autoria e materialidade”, concluiu.


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