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Desde 2019, início do governo Bolsonaro, Goiás não atinge cobertura vacinal recomendada pelo PNI

Desde início do governo Bolsonaro, Goiás não atinge mais metas de vacinação

09/02/2023, às 09:50 · Por Redação

As políticas do negacionismo vacinal sempre vão deixar suas marcas que muitas das vezes são irreversíveis. Prova disso, que a cobertura vacinal em Goiás está abaixo do ideal desde 2019, que coincidentemente foi o início do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em nove principais vacinas, dos 19 imunizantes do Programa Nacional de Imunização (PNI). Em 2013, único ano que o Estado atingiu a média, a vacinação contra poliomielite alcançou 100% do recomendado, mas atualmente está em 75%.

O mesmo caso da vacinação contra a febre amarela, que despencou de 100% para 62% da população imunizada. As informações são do jornal O Popular. Há uma meta para cada imunizante do PNI, que vai de 90% a 95%. Diante do atual cenário, os municípios goianos atingiram essa meta apenas no ano de 2013, de lá para cá, a média vem ficando sempre abaixo do recomendado.

Em 2016, o Brasil levou o título de país livre da sarampo, portanto, conforme a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), em 2018 o país perdeu o título porque houve retorno da doença. Em 2019, Goiás registrou 15 casos, e 5 em 2020. Ao todo, entre 2018 e 2021, 40 pessoas morreram em todo país por conta da gravidade da doença.

A médica imunologista Lorena Diniz, coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), destaca que não há tratamento específico para a maioria das doenças controladas pelo PNI e por isso a vacinação é fundamental. A especialista cita como exemplo daquelas sem tratamento específico a paralisia infantil, o tétano, o sarampo, a rubéola e a febre amarela. “O tratamento destas doenças, que na grande maioria são graves, são somente de suporte e muitas delas têm um prognóstico ruim ou riscos de sequelas”, afirma.

A presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (Cosems), Verônica Savatin, explica que o principal fator da redução na cobertura vacinal em todo Estado, é o movimento antivacina. Segundo ela, esse movimento já era algo que "assombrava" a população antes mesmo da pandemia, porém, com a chegada da Covid-19, ganhou força.

Em Goiânia, quatro crianças de um mesmo Cmei foram afastadas e isoladas com suspeita de rubéola. Na tarde desta quarta-feira, 8, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), recebeu o resultado dos exames, a pasta informou que o diagnóstico foi negativo para rubéola, sarampo e dengue.

Em nota, a SMS informou ainda que as crianças vão ser acompanhadas e monitoradas, além disso, a pasta destaca que não há nenhum caso confirmado de rubéola em 2021 e 2022, na capital. Em relação ao Cmei, a Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia, informou que nesta sexta-feira, 10, a unidade receberá uma pulverização contra o mosquito Aedes aegypti.


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