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Mário Furacão, bolsonarista que se filmou durante invasão ao Palácio do Planalto, antes de entrar em carro da PF

Goianos seguem na mira da Polícia Federal por atos antidemocráticos

04/02/2023, às 14:18 · Por Redação

O ex-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Rio Verde, Lucimário Benedito Camargo, o Mário Furacão, foi preso em Rio Verde durante mais uma etapa da operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que foi realizada na manhã desta sexta-feira, 3. A Agência Lupa também revelou, nesta semana, que o pastor de Goiânia Thiago Bezerra utilizava um pseudônimo feminino para coordenar os atos em grupos de Telegram.

A ação apura os responsáveis pela depredação dos prédios dos Três Poderes em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro. Lucimário Benedito foi afastado da diretoria da entidade após se filmar durante os atos antidemocráticos.  Nas imagens, enrolado com uma bandeira do Brasil no pescoço, Mário Furacão aparece dentro do Palácio do Planalto e, ao som de bombas e gritos, ele ataca o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a polícia.

No vídeo, Mário diz que os policiais que estavam jogando bomba para tentar dispersar os manifestantes são “covardes” e que “o poder emana do povo e o povo não vai sair”. Ele também disse que a Constituição Federal é do povo e atacou o Supremo Tribunal Federal (STF) afirmando que os ministros não a respeitam.

A operação cumpriu três mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão expedidos pelo STF. Os mandados foram cumpridos em Goiás, Rondônia, Espírito Santo, Mato Grosso e no Distrito Federal. Os crimes apurados são de golpe de estado, abolição violenta do estado democrático de direito, dano qualificado, incitação ao crime, associação criminosa e destruição de bens.

Evangélico

A Agência Lupa revelou nesta semana que o pastor evangélico Thiago Bezerra, de Goiânia, utilizava um nome falso para organizar os atos golpistas nas redes sociais. Com o pseudônimo “Regina Brasil”, ele coordenou a invasão de edifícios públicos em Brasília desde 4 de janeiro, quatro dias antes dos atos.

Ele, no entanto, não chegou a ser detido, mesmo tendo transmitido ao vivo sua participação nos atos. Em seu grupo no Telegram, Thiago ou Regina chamava as pessoas para a “Festa da Selma”, código utilizado por bolsonaristas para se referir aos atos que ocorreriam no dia 8.

De acordo com a apuração da Lupa, nos chamamentos, ele dava instruções detalhadas de invasão a prédios públicos em Brasília, refinarias e distribuidoras de petróleo e supermercados. Foi por meio do mesmo grupo que o goiano organizou caravanas a Brasília já no dia 7. Ele não localizado para responder aos questionamentos.


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