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Fazendeiro Nei Castelli é preso suspeito de mandar matar advogados em Goiânia

STJ nega habeas corpus de fazendeiro acusado de mandar matar advogados em Goiânia

01/02/2023, às 09:48 · Por Redação

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou um novo pedido de habeas corpus da defesa do fazendeiro Nei Castelli, acusado de mandar matar os advogados Marcus Aprígio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, de 47, dentro do escritório onde trabalhavam, no ano de 2020, em Goiânia. A decisão cabe recurso. Ao Portal G1 Goiás, o advogado de Castelli, Renato Armiliato, disse que o indeferimento da liminar do habeas corpus no STJ foi recebido com surpresa pela defesa.

“Uma vez que o Nei Castelli está preso há mais de dois anos e sendo que, até o momento, sequer houve sentença de primeiro grau", disse. A decisão foi dada pelo vice-presidente do STJ, ministro Og Fernandes, na segunda-feira, 30. Nei é acusado de ser o mandante do crime após perder o processo da posse de uma fazenda avaliada em R$ 46 milhões. Ele foi preso em 17 de novembro, em Catalão.

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu a condenação de Nei e outras pessoas que participaram do crime. Conforme a denúncia, caso os executores não fossem presos depois dos homicídios, receberiam R$ 100 mil do fazendeiro, e se fossem encontrados e capturados pela polícia, o valor subiria para R$ 500 mil. Segundo o STJ, a defesa alegou que Nei teve a manutenção da prisão preventiva de forma ilegal, já que não há necessidade da medida no processo.

Já a acusação se manifestou dizendo que não há razão para a soltura, já que ele está envolvido em um dos crimes de maior repercussão em Goiás e apresenta perido para a sociedade. Um dos acusados, Pedro Henrique Martins, já passou por júri popular e foi condenado a 45 anos de prisão. Outro participante do crime morreu em confronto com a PM, ainda à época, e os outros acusados ainda devem ir a júri popular.

O crime
O crime aconteceu dentro do escritório de advocacia das vítimas, no Setor Aeroporto, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, Pedro Henrique e Jaberson viajaram mais de mil quilômetros, de Tocantins para Goiânia, para cometer o crime. Vídeo de câmera de segurança mostra o momento em que os homens saem de um hotel na capital. Conforme a investigação, dois homens agendaram horário e esperaram pelo atendimento.

A secretária os levou até a sala dos advogados, momento em que os criminosos colocaram as vítimas de costas e disparam. Durante os primeiros depoimentos, logo após ser preso no Tocantins, Pedro Henrique apresentou a versão de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Para sustentar a tese, ele e o comparsa levaram do escritório R$ 2 mil em dinheiro.

A versão do preso foi derrubada pela investigação, que descobriu posteriormente a ligação do crime com o fazendeiro que teria perdido a posse de uma fazenda. Ainda de acordo com a Polícia Civil, a negociação entre o fazendeiro e os indicados como executores foi a seguinte: caso os autores não fossem presos depois dos homicídios, receberiam R$ 100 mil. Se fossem encontrados e capturados pela polícia, o valor subiria para R$ 500 mil.


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