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Goiânia, 29/05/24
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Pastores são autuados por invasão do Morro da Serrinha em Goiânia; conforme o delegado que investigou o caso, no local, foram encontradas garrafas de cerveja, churrasqueira e muito lixo

Pastores são autuados por invasão do Morro da Serrinha em Goiânia

28/01/2023, às 11:29 · Por Redação

A Polícia Civil autuou nesta sexta-feira, 27, três pastores por invadirem o Morro da Serrinha, local de preservação permanente em Goiânia. No lugar, os líderes religiosos estavam a construir tendas e alvenarias. O titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), Luziano Carvalho, relatou que existiam dois grupos: um liderado por um homem e o outro, por um casal.

Luziano ressaltou que o lugar é muito usado por grupo de orações e que ir até o local para este tipo de prática não é crime, mas construir e demarcar a área como sendo uma propriedade particular é. A denúncia é de que os dois grupos estavam no Morro do Serrinha havia cerca de três anos. No local, segundo Luziano, foram encontradas garrafas de cerveja, churrasqueira e muito lixo. Há dois dias, inclusive, ele recebeu imagens de um dos pastores colocando fogo no lixo, que estava no local de preservação ambiental.

O delegado ressaltou que os pastores têm residência própria, mas que existem fiéis morando nas tendas. “Lá, eles recebem e distribuem cestas básicas e recebem até dinheiro”, disse. O investigador lembra que a moradia não pode ser dada por viés religioso e que o lugar tem valores ecológicos imensuráveis, pois o local alimenta o lençol freático de Goiânia e tem árvores nativas do Cerrado. Por isso, o Morro do Serrinha não pode ser destruído para ser usado como residência ou como propriedade particular.

A polícia informou que eles podem responder pela contraversão penal de perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheios (com prisão de quinze dias a três meses ou multa); por impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de vegetação e pela construção em solo não edificável sem autorização da autoridade competente (ambos com detenção de seis meses a um ano e multa). Até o momento, ninguém foi retirado do local.


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