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Goiânia, 29/05/24
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Homem que quebrou relógio que Dom João VI trouxe para o Brasil em 1808 foi identificado como Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos

PF prende suspeito de depredar relógio do século 17 no Palácio do Planalto

24/01/2023, às 07:13 · Por Redação

A Polícia Federal prendeu o suspeito de ter quebrado, no Palácio do Planalto, em Brasília, o relógio Balthazar Martinot, obra de arte do século 17 que chegou ao Brasil pelas mãos de Dom João VI em 1808. Segundo informações do Ministério da Justiça e confirmadas pela Polícia Federal, o mecânico Antônio Cláudio Alves Ferreira, de 30 anos, foi detido em Uberlândia, Minas Gerais.

Ele residia em Catalão, na Região Sudeste de Goiás, antes de cometer o crime no Palácio do Planalto. O vândalo foi filmado depredando o relógio pelo sistema de câmeras internas da sede da Presidência da República, em 8 de janeiro quando bolsonaristas radicais invadiram prédios localizados na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e depredaram tudo que viram pela frente.

A PF o considerava como foragido e, com a prisão, Antônio Cláudio Ferreira foi levado para a Delegacia da PF de Uberlândia e, após passar por uma audiência de custódia, será encaminhado a um presídio da mesma cidade. O objeto histórico foi um presente da corte francesa ao então imperador do Brasil e Portugal.

Segundo o Palácio do Planalto, o vândalo Claudinho, como é conhecido, retirou os ponteiros do relógio e uma estátua de Netuno, que era fixada no objeto. Em uma tentativa de recuperação da obra de arte, a embaixada da Suíça no Brasil tem negociado com a Presidência da República a possibilidade de uma relojoaria do país europeu, especializada em objetos históricos, fazer o trabalho de restauro.

No Palácio do Planalto, no entanto, há dúvidas se, devido ao estrago, será possível recuperar o relógio. Pela antiguidade, ele já não funcionava regularmente.


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