Poder Goiás
Goiânia, 29/05/24
Matérias
Divulgação

Gôndolas vazias em loja da Americanas na Avenida Anhanguera no centro uma semana após vir à tona rombo de R$ 43 bilhões

Em Goiás, clientes da Americanas encontram gôndolas vazias e unidade fechada no interior

20/01/2023, às 19:07 · Por Redação

Os clientes das lojas Americanas no Estado encontraram gôndolas vazias, poucos caixas funcionando e até loja fechada em Goianésia antes do horário previsto. A reportagem visitou três lojas na capital e recebeu informações que às 17h30 a loja de Goianésia estava fechada, apesar de sempre funcionar de segunda a sábado de 08h às 19.

A unidade da Avenida Anhanguera, centro da capital, estava com prateleiras vazias, principalmente de alimentos, como chocolates. “A empresa foi vender kit kat por R$ 1 real também, por isso quebrou”, comentou um cliente que escolhia um chocolate em meio a poucas opções.

O desabastecimento é visível. Desde sabonetes, creme dental até o setor de vestuário, cama, mesa e banho e poucas opções na área destinada a material escolar, mesmo bastante demandado no início do ano. A seção de mochilas praticamente sem opção.

As mais de 20 gôndolas de brinquedos é rara exceção. Talvez por ser menos perecível. Já no início da loja, vazios entre os eletroeletrônicos. De ferro de passar a ventiladores, falta quase tudo. Mesma carência observada no setor de bebidas.  

Uma atendente enfrentava heroicamente uma fila, até mediana pelo tamanho da loja, enquanto outros 15 caixas estavam fechadas. Quando começou a crescer e atingir cinco pessoas, um segundo caixa foi aberto.

Questionada se havia falta de funcionários, a atendente disse que está como antes. “Não demitiram ninguém, está do mesmo jeito que antes. Todo mundo pergunta se vai fechar, mas não deu nada, continuam vindo, eles passam e entram. A avenida é muito movimentada. Não acredito que vá fechar, o dono é milionário”, disse a jovem.

Já na unidade da República do Líbano, um uma expositora de produtos próximos da data de vencimento anunciados “com até 50% de desconto”, o mesmo não era detalhado individualmente, como o Procon determina. No Kinder ovo de 2 unidades de 20g cada, só havia o preço de R$ 8,49, não informado qual o percentual de desconto. O mesmo com cápsulas de café da marca Starbucks, R$ 21,99, e biscoitos, tudo sem o valor de referência.

Apenas um dos três caixas, o preferencial, estava funcionando. Com uma fila razoável pelo horário, próximo das 18h, e com poucos clientes na loja. Cinco clientes circulando pela loja e seis na fila. A seção de fraudas e cosméticos eram as mais vazias.

A unidade do Flamboyant está em melhor situação. A loja certamente é o cartão postal da gigante do varejo, pelo menos até estourar o escândalo na semana passada. “Sempre muito cheio, muito lotado. As prateleiras continuam cheias. Não parece ter influenciado nada até agora. Só o atendimento continua péssimo”, comentou um cliente, que trabalha em uma loja de vestuário do centro de vendas.

Sobre Goianésia, tentamos contato com o número da loja cadastrado no Google e ninguém atendeu. A site está aberto a qualquer esclarecimento. A reportagem também pediu esclarecimentos à matriz sobre o cenário em Goiás e atualizará a informação, em caso de resposta.  

Crise

O escândalo contábil revelado pela Americanas há pouco mais de uma semana provocou o derretimento em quase 90% do valor das ações da empresa e um pedido de recuperação judicial. O rombo é de R$ 43 bilhões. Apesar disso, o grupo de acionistas referência da empresa, formado pela 3G Capital Partners — dos sócios Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Hermann Telles —, informou ao presidente do conselho de administração que pretende manter a liquidez da empresa em patamares que permitam o bom funcionamento da operação de todas as suas lojas.

 

 


Americanas Crise Varejo
P U B L I C I D A D E