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Goiânia, 29/05/24
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Nos últimos quatro anos foram realizadas 1.240 ações de captura e controle de morcegos, além da adoção de outras medidas de vigilância e prevenção

Goiás tem redução de 62% nos casos de raiva dos herbívoros em quatro anos

11/01/2023, às 09:42 · Por Redação

O número de casos confirmados de raiva dos herbívoros teve queda de 62,79% em Goiás no comparativo entre os anos de 2019 e 2022, mais uma conquista sanitária de grande relevância para a pecuária no Estado. Os dados são da Gerência de Sanidade Animal da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e estão registrados no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago).

 

Conforme a coordenação do Programa Estadual de Raiva dos Herbívoros (PECRH), em 2019 foram registrados 98 casos suspeitos de raiva dos herbívoros, dos quais 43 foram confirmados positivos para a doença. Em 2020, houve redução no número de suspeitos, que foi de 73, com detecção de 31 casos positivos. No ano de 2021, foi registrada ligeira queda, com 69 casos suspeitos e 25 positivos. Finalmente, em 2022, foram contabilizados 71 casos suspeitos, dos quais apenas 16 foram positivos. Considerando 2019 e 2022, além da queda de casos confirmados, também houve redução de 27,5% na quantidade de casos suspeitos da doença.

 

A raiva dos herbívoros, que acomete bovinos, bubalinos, equídeos, caprinos e ovinos, além de mamíferos domésticos, é um mal causado por vírus e se caracteriza também como zoonose, porque afeta os humanos. Sem prevenção e controle de transmissores, ela pode causar danos à saúde pública e prejuízos aos pecuaristas e à economia do Estado.


Nos últimos quatro anos foram realizadas 1.240 ações de captura e controle de morcegos, além da adoção de outras medidas de vigilância e prevenção que ajudaram a conter a doença. Os animais, uma vez contaminados, desenvolvem a doença e morrem. “A vacinação e as medidas de controle populacional de transmissores são os caminhos para evitar o avanço da doença”, reforça o coordenador do PECRH, Fernando Borges Bosso.

 

Cuidados importantes

Conforme orientações dos médicos veterinários da Agrodefesa, os pecuaristas precisam estar atentos aos rebanhos para verificar a existência de animais suspeitos, que parecem engasgados e babando, com dificuldade para se movimentar e alimentar, com paralisia ou caídos, com o pescoço esticado e com movimentos de pedalagem, ou mesmo mordidos. Nesses casos, devem informar imediatamente à Agrodefesa nos escritórios Locais e Regionais para adoção dos cuidados sanitários.

 

Os criadores não devem destruir ou fazer controle de morcegos por conta própria. Precisam informar à Agência sobre a existência de locais como cavernas, pontes, bueiros e construções abandonadas, que são abrigos preferenciais. Os médicos veterinários da Agrodefesa programam e executam as ações recomendadas, com uso de pasta vampiricida que ajuda a controlar a população de morcegos.


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