Organizador de caravana diz que os ônibus saíram da porta do quartel em Goiânia

Após a divulgação de mensagens em redes sociais, o goiano Heleno Inácio da Silva foi identificado como um dos organizadores da caravana de ônibus que saiu de Goiânia com destino a Brasília no último domingo, 8, que resultou nos atos de vandalismo nos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF), localizados na Praça dos Três Poderes, na capital federal.

O comerciante aparece em ao menos dois grupos no Telegram como contato para quem quisesse ir aos atos em Brasília: “CARAVANAS da liberdade para Brasília QG”, diz mensagem enviada no dia 5 de janeiro, com referência ao quartel-general do Exército na capital federal. O texto continua com nome e contato de lideranças de diferentes estados, como Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso.

Em Goiás, o link é para o telefone de Heleno. Ao jornal O Popular, ele contou que saiu em um ônibus das imediações da Praça dos Expedicionários, no Jardim Guanabara, em Goiânia, por volta da meia-noite do último domingo, 8. O local fica em frente ao quartel do Exército na capital goiana, que abrigou por meses membros do movimento antidemocrático que contesta o resultado da eleição presidencial de 2022. O acampamento foi desmobilizado na segunda-feira, 9, após determinação do STF.

Heleno, porém, negou que seja o principal organizador das caravanas Goiânia-Brasília. “Todo mundo tem a sua participação”, argumentou. Questionado sobre quem é o responsável por pagar pelos veículos, o comerciante falou sobre “lideranças” que informam sobre a disponibilidade dos ônibus, mas não citou nomes. “De Goiânia, devem ter saído mais de 30 ônibus”, declarou.

De acordo com Heleno, nenhuma pessoa de seu grupo foi à Praça dos Três Poderes e ele ainda disse que seu ônibus saiu de Brasília às 17h sendo, inclusive, fiscalizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante a viagem. “Realmente tenho a minha participação, mas tenho consciência limpa. Aquele ato de vandalismo, nenhum (dos nossos passageiros) participou”, afirmou.

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