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Goiânia, 29/05/24
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Pedro Lopes

A diretora da unidade em Goianésia, Graça Bueno, disse que os recursos para o funcionamento básico estão garantidos, mas há carência no quadro de professores

Ato em defesa da UEG em Goianésia mobiliza lideranças e comunidade

03/09/2019, às 11:01 · Por Pedro Lopes

Não existe igualdade de direitos sem igualdade de oportunidades. Foi o lema de todos que participaram nesta segunda-feira, 02, de um ato em defesa da Universidade Estadual de Goiás (UEG), em Goianésia. Articulado pelo presidente da Câmara de Vereadores de Goianésia, Múcio Santana (MDB), a ação contou com vários políticos e alunos da instituição. 

“Se não fizermos algo, terão dificuldade de ter acesso a uma universidade pública e de qualidade. O que estamos debatendo aqui é a sobrevivência da UEG, acompanhar de perto o processo de reestruturação e cobrar critérios técnicos e não políticos para a instituição“, afirmou Múcio Santana. 

A diretora da unidade em Goianésia, Graça Bueno, disse que os recursos para o funcionamento básico estão garantidos, mas há carência no quadro de professores. “São 34 professores temporários e 8 efetivos, como inicia o próximo ano? 2020 e 2021 não sabemos o que acontecerá”, relata a gestora do polo que conta com quatro cursos:  Administração Pedagogia, Sistemas de Informação e História e 640 alunos. 

Além de alunos e vereadores, os deputados estaduais Antonio Gomide (PT) e Hélio de Sousa (PSDB), dois dos 10 membros da frente parlamentar em defesa da UEG, estiveram presentes no evento. “A gente mede um governante pela intenção. 16 escolas de ensino médio fechadas e 54 escolas em tempo integral”, disse o ex-prefeito de Anápolis, Antonio Gomide.

O representante dos alunos João Vitor Rodrigues, estudante no curso de Administração, disse que os alunos estão aflitos, mas empenhados na causa da universidade. “Fizemos a primeira audiência pública em abril, uma manifestação na casa do prefeito e outras atividades paralelas, dentre as quais uma visita a casa do reitor no próximo dia 12”, destaca. O prefeito Renato de Castro (MDB) foi com Múcio Santana até a casa do governador em junho tratar do tema. 

Reestruturação 
A decisão da gestão Ronaldo Caiado (DEM) de fechar 15 cursos da UEG tomada no início do ano mobilizou várias frentes políticas em defesa da instituição. Apesar do recuo do governo, a instituição sofre um processo de asfixia em várias frentes. 

O pedido de afastamento do reitor Haroldo Reimer, após denúncias de favorecimento de parentes, e a suspensão de contratos de professores levou a comunidade acadêmica a reagir em várias frentes. Uma frente parlamentar em defesa da instituição foi criada com 10 membros na Assembleia Legislativa e vários atos, como esse de Goianésia, tenta manter os 42 campus atuais em todo Estado.

O prefeito Renato de Castro e a secretária Municipal de Educação, Elisandra Menezes, não compareceram no evento. 


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