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Goiânia, 29/05/24
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Débora Barros dos Santos, de 25 anos, é suspeita de fingir que tinha leucemia para aplicar golpes em colegas de trabalhos em Pirenópolis

Camareira é suspeita de fingir leucemia para aplicar golpes em colegas de Pirenópolis

28/12/2022, às 11:05 · Por Redação

A camareira Débora Barros dos Santos, de 26 anos, é suspeita de fingir que tinha leucemia para aplicar golpes em colegas de trabalhos em Pirenópolis. O recepcionista Matheus Milagre, de 25 anos, denunciou que a jovem pedia dinheiro para fazer exames e comprar remédios. Estima-se que cerca de 200 pessoas a ajudaram, com valores diferentes. Amigas chegaram a tatuar o nome da suspeita como forma de homenagem. 

“Nós ficamos muito sensibilizados e com muito medo de perder nossa colega, então fizemos vaquinhas, rifas e doações, juntamos bastante dinheiro. Ela sempre mandava mensagem pra alguém falando que tinha que fazer um exame no dia seguinte e a gente se virava pra juntar dinheiro pra ela”, revelou Matheus ao G1.

Sensibilizadas com a suposta situação da camareira, três amigas até fizeram tatuagens para homenageá-la. Duas delas, que não tiveram os nomes revelados, afirmam que estão se sentindo traídas e decepcionadas. “Eu considerava ela demais, ela é madrinha do meu filho. Estou me sentindo triste, magoada, traída. A gente confia na pessoa, ajuda de coração e acontece essa coisa. Eu nunca esperava isso dela, nesses 4 anos que eu a conheço”, ponderou. 

A colega disse que pretende remover a tatuagem, mas a mágoa e a frustração vão persistir para além da marca na pele. Segundo as amigas, a camareira disse que estava com a doença no final de setembro deste ano. Mas foi nesta semana que eles registraram o caso na polícia. Amigas usaram a própria pele para homenagear a suposta doente.

Recuperações rápidas
Uma das colegas da camareira, cujo nome também não foi divulgado, revelou que a jovem ia ao banheiro do trabalho e “sangrava” pelo ouvido, nariz e abria a porta pedindo ajuda. Após essas crises, ela ia embora e não deixava ninguém levá-la ao hospital, nem mesmo o namorado.

Entretanto, as crises repentinas eram seguidas de recuperações rápidas e despertaram a desconfiança dos colegas. “Ela fazia a cirurgia para retirada dos coágulos na cabeça, tinha até paradas cardíacas e no outro dia estava na empresa para trabalhar”, descreveu a colega.

Investigação
O delegado Tibério Cardoso disse que a Polícia Civil está investigando o caso. O investigador mencionou que há cerca de 10 dias Débora Barros procurou a polícia para fazer uma denúncia. “Ela procurou a delegacia com uma história bem absurda. Tudo indica que para se precaver desse golpe que ela aplicou. Ela coloca uma terceira pessoa que a teria ‘induzido’ a fazer isso. Não se sabe se essa pessoa existe mesmo, provavelmente não”, explicou o delegado.

O delegado afirmou que Débora ainda não foi ouvida formalmente e que as vítimas estão indo até a delegacia para registrar boletins de ocorrência. Como nem todos foram ouvidos, não é possível estimar quanto a camareira teria conseguido. “Contatamos um farmacêutico que vendia medicamentos a ela também. Ele vai apresentar a relação de medicamentos que ela adquiriu durante esse caso”, detalhou.


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