Poder Goiás
Goiânia, 29/05/24
Matérias
Divulgação

Rosemary Carneiro junto com a filha Luana Carneiro de Melo, que foi encontrada morta no apartamento em que morava em Buenos Aires

Mãe de estudante goiana morta na Argentina critica Justiça do país e diz que embaixada não a ajudou

27/12/2022, às 10:05 · Por Redação

Em entrevista ao jornal O Popular, a mãe da estudante Luana Carneiro de Melo, Rosemary Carneiro de Freitas, criticou a Justiça argentina e disse que a Embaixada do Brasil não a ajudou durante a investigação do caso. A estudante, natural de Jataí, em Goiás, foi encontrada morta no apartamento em que morava em Buenos Aires, na Argentina, em março 2018.

Inicialmente, a polícia argentina apontou que Luana Carneiro morreu de causas naturais, mas dois meses depois, uma perita levantou a suspeita de homicídio e o caso começou a ser investigado. Ficou constatado que o celular da vítima estava ativo e conseguiram rastreá-lo e localizá-lo com o irmão de Iver Uruchi Condori, condenado nesta quarta-feira, 21, à prisão perpétua.

A mãe da estudante comentou que sentiu um alívio com a condenação e teve o sentimento de que a justiça foi entregue à memória da Luana, que tanto lutava por esta causa. De acordo com Rosemary, a justiça Argentina estava processando o acusado apenas pelo furto do celular e não pelo homicídio.

“Considerando as provas que estavam no processo que, na época, já contava com mais de duas mil páginas, pressionamos para que fosse dada a devida atenção ao caso e o acusado ser pelo menos processado por homicídio. Com a ajuda das redes sociais e da imprensa, conseguimos dar visibilidade ao caso.”, informou à reportagem.

Ela conta que durante o processo, o acusado deu duas versões diferentes sobre o caso. Nas audiências do julgamento ele mudou novamente e deu uma terceira versão. Somente ao final da investigação ficou comprovado que Condori tinha acesso ao apartamento, roubou o celular que estava na cama com Luana e demais bens e a asfixiou em seguida.

“Sabemos que não é o fim, já que Uruchi Condori ainda poderá recorrer. Se mantida a sua condenação, ele poderá progredir de regime em 20 anos”, concluiu a mãe. Conforme seu relato, a Embaixada brasileira na Argentina só a procurou uma vez para fornecer o telefone de um advogado no país e nunca mais entrou em contato.


Estudante Mãe Justiça Prisão Perpétua Argentina Jataí Goiás
P U B L I C I D A D E