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Goiânia, 29/05/24
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A previsão é que, num futuro próximo, exames feitos a partir da cera seja tão comum como a coleta de sangue para análises clínicas, aponta o estudo

Pesquisa da UFG com cera de ouvido permite diagnóstico de câncer mesmo em estágio inicial

02/09/2019, às 00:17 · Por Pedro Lopes

A cera do ouvido pode ajudar no diagnóstico de câncer, descobrem pesquisadores da  Universidade Federal de Goiás (UFG).  As pesquisas conduzidas no laboratório de Química identificaram 27 substâncias compostas na cera que podem indicar sintoma de câncer. O estudo foi feito com 102 voluntários. 

O resultado da pesquisa, chamada Nova Fronteira no Diagnóstico de Câncer em Humanos, foi publicada na Scientific Reports, uma das revistas científicas mais renomadas do mundo.

A previsão é que, num futuro próximo, exames feitos a partir da cera seja tão comum como a coleta de sangue para análises clínicas, aponta o estudo. As amostras indicam que as coletas do tamanho de um grão de arroz já são capazes de revelar se há ou não indícios de câncer em alguma parte do corpo. 

“A cera é um produto de secreção que concentra aquilo que é uma impressão digital do que as nossas células produzem, então, quando a cera é produzida, ela tem ali componentes que podem ter sido produzidos por células saudáveis e por células cancerosas”,  explica ao G1 o coordenador da pesquisa, Nelson Antoniosi.

Outro ponto de destaque da pesquisa é que ela pode indicar a doeça mesmo em seus estágios iniciais. O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. “Essa expectativa que nós temos, é conseguir curar um número maior de pessoas do que é possível hoje com outros diagnósticos que existem”, afirma o coordenador da pesquisa na UFG.


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