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Goiânia, 29/05/24
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Ministério da Saúde deixa vacinas faltarem em postos de saúde em Goiás; municípios já notificam desabastecimento, que ocorre em contexto de aumento de casos e internações infantil

Ministério da Saúde deixa vacinas faltarem em postos de saúde de Goiás

20/12/2022, às 08:21 · Por Redação

A vacinação de crianças maiores de 6 meses e menores de 3 anos em Goiás está tendo sua aplicação afetada pela falta de imunizantes. Sem doses de Pfizer Baby para aplicação, os municípios goianos já estão notificando, há 30 dias, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) quanto ao desabastecimento. O problema já foi repassado para o Ministério da Saúde (MS), que não retorna os ofícios.

Sem previsão da chegada de novos lotes, as gestões trabalham com listas de espera e temem impactos diante do aumento de contaminações entre o público infantil. Nos últimos seis dias, conforme levantamento do jornal O Popular, foram registradas três mortes entre crianças de até 9 anos em razão da doença.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, contou que encaminhou ofícios para MS tanto sobre a falta de Pfizer Baby, destinada para crianças menores de 3 anos, como sobre o desabastecimento de Coronavac, para o público entre 5 e 11 anos. “Não sabemos quando chega, porque não temos informações sobre uma nova compra, quando e quantas devem chegar. O que a gente sabe hoje é que não só Goiás, mas vários estados estão nessa mesma situação”, revela a superintendente.

Conforme a SES, foram solicitadas, em novembro, 728,8 mil doses da vacina Pfizer Pediátrica para dar conta do ciclo completo da população com essa faixa etária no Estado. No entanto, o Ministério da Saúde encaminhou apenas 35 mil doses para esquema completo, de três doses. Outra entrega parcial foi registrada com a vacina Coronavac, que teve solicitação de 100 mil e entrega de 34,4 mil.

O desabastecimento ocorre em um contexto de aumento de casos e internações entre crianças. Com a proporção de infectados só aumenta. Enquanto o acumulado de todo o ano ficou em 7,4%, em novembro o índice atingiu 12,5%. Os casos da doença registrados nesta faixa etária nos últimos quase 12 meses são maiores que nos outros dois anos de pandemia somados. Dos 80,9 mil casos, 45 mil foram registrados em 2022. Os óbitos também cresceram, indo de 42 em janeiro para atuais 69.


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