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Júnior Pinheiro se declara como mulher e foi candidata a deputada estadual; PSDB pode perder os deputados estaduais eleitos

Candidata do PSDB usava gênero masculino nas redes e partido pode perder 2 deputados

13/12/2022, às 18:29 · Por Redação

Em mais um caso que pode derrubar a chapa de eleitos em Goiás, o PSDB pode perder as duas cadeiras na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), caso a ação que questiona o registro de candidata que nasceu homem, mas se declara como mulher com indícios de fraudes a sigla pode ter os votos anulados.

Advogada de outras candidatas aponta que há indícios de fraudes na cota de gênero de partido e será julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). A candidata Júnior Pinheiro usou termos masculinos em sua campana e redes sociais. Empresária diz que não expunha sua orientação por medo de ataques. O partido elegeu Gustavo Sebba e Dr. Machado no pleito deste ano.


Júnior é empresária, tem 31 anos e teve 273 votos e não foi eleita para o cargo de deputada estadual. A ação foi movida por outras três candidatas à deputada que não foram eleitas, mas se sentiram injustiçadas pelo fato de Júnior Pinheiro ser enquadrada dentro da cota obrigatória de no mínimo 30% de mulheres na chapa.

A ação será julgada pelo Tribunal Regional Eleitora. Caso seja constatado irregularidade, a chapa do PSDB, que elegeu dois candidatos, seria cassada e outros políticos assumiriam os cargos.

“Na Justiça Eleitoral, ele se declara como mulher, mas para movimentos LGBT, diz que é homem bissexual. Além disso, existem outros indícios, como na campanha política a música diz que ele é um homem trabalhador e honesto”, disse a advogada Amanda Souto Baliza ao G1.

O PSDB informou que não foi notificado sobre a ação e "não teve qualquer influência" na declaração de gênero feita por Júnior. "Vale destacar que a chapa para Deputado Estadual do PSDB cumpre o percentual de gênero fixado legalmente em 30% (trinta por cento), ainda que Júnior Pinheiro não fizesse parte da cota feminina do Partido, mesmo considerando as renúncias de candidatas e candidatos", diz o comunicado do partido.

Na ação, consta que “o candidato disse ser mulher apenas para fins de preenchimento da cota, já que continuou a agir, apresentar-se e ser tratado como homem”. A documentação listada traz ainda o registro de candidatura a vereador de Júnior em 2020, quando se declarou como homem.



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