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Goiânia, 29/05/24
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Reprodução/Sagres

A maior parte dos focos de incêndio registrados no último dia 26, por exemplo, pelo satélite do Inpe, ocorreram na região de Goiânia e do Entorno do Distrito Federal, área muito adensada

Pesquisador da UFG diz que 90% dos incêndios no Cerrado são provados pelo homem

30/08/2019, às 00:04 · Por Pedro Lopes

O pesquisador e vice presidente do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da UFG, Fernando Moreira, revelou em entrevista a Rádio Sagres 730 que houve aumento de 33% de queimadas no Cerrado neste ano em comparação com o mesmo período de 2018. 

Ainda segundo o pesquisador, 90% dos incêndios são provocados pelo homem e apenas 10% é fogo natural ao “constatar que houve um aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano passado”, afirmou. “A questão é que o ano está extremamente quente e outros fatores climáticos que potencializa os incêndios, além disso, a ação humana”, completou.

A maioria deles em Goiânia e Entorno do Distrito Federal. Os dois biomas mais comuns no Brasil, a Amazônia e o Cerrado, lideram a lista dos atingidos pelas queimadas que têm sido registradas em diversos pontos do país neste ano. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em primeiro lugar aparece a Amazônia, com 52,6% dos focos de incêndios de 2019. No Cerrado foram notificados 29,8% dos casos.

A maior parte dos focos de incêndio registrados no último dia 26, por exemplo, pelo satélite do Inpe, ocorreram na região de Goiânia e do Entorno do Distrito Federal, área muito adensada. Segundo ele, nestes casos são fogos colocados em lotes baldios. Outra ocorrência comum de incêndios no cerrado, segundo o pesquisador, são fogos em pastagem sem a realização correra do “manejo de fogo”, que pode evitar a proliferação do incêndio. “Existe uma legislação que é preciso fazer o plano de manejo e plano de intervenção, para que um profissional da área faça uma análise e ateste a queima”.

Por fim, o maior pico de fogo no cerrado registrado historicamente ocorre entre a última quinzena de agosto e a primeira quinzena de setembro. Por isso, o professor prevê que as queimadas tendem a crescer já que ainda não passamos este período. Sem falar que não há previsão de chuvas para o início de setembro.


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