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PM será responsável pelas escolas cívico-militares de Goiás, que possui seis unidades e passarão a ser geridas pela corporação

PM será responsável pelas escolas cívico-militares de Goiás

10/12/2022, às 10:15 · Por Redação

As seis Escolas Estaduais Cívico-Militares (EECims) de Goiás irão virar Colégios Estaduais da Polícia Militar de Goiás (CEPMGs) a partir de 2023. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) de Goiás argumenta que a mudança se justifica pelo desejo da comunidade e pelo fato de o governo estadual já arcar com a maioria das despesas das unidades de ensino. 

“O governo estadual já supre praticamente todas as necessidades dessas escolas. Elas recebem verbas assim como todas as outras unidades da rede estadual. Agora, ainda existe esta incerteza sobre a continuidade do programa. Como tivemos uma boa aceitação do modelo, decidimos transformá-las em CEPMGs”, explicou superintendente de Segurança Escolar e Colégio Militar da Seduc, coronel Mauro Vilela, ao jornal O Popular.

A incerteza é porque o governo de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já anunciou que pretende acabar com a iniciativa promovida por Jair Bolsonaro (PL). O programa nacional das EECims foi lançado em setembro de 2019, como uma das principais bandeiras de Bolsonaro para a Educação.

A promessa era de que o governo federal faria investimentos como a aquisição de fardas e melhorias na infraestrutura. Entretanto, Vila aponta que uma série de acontecimentos impediu o andamento pleno do projeto em Goiás. 

“Em 2019, fizemos uma série de reuniões sobre o assunto. Em 2020, veio a pandemia da Covid-19 e tudo parou. Depois, tivemos três mudanças do ministro da Educação. Com isto, as conversas foram se perdendo ao longo do tempo, apesar de termos retomado isso recentemente. Mesmo assim, o governo estadual tomou a frente e adquiriu, por exemplo, as fardas da EECim de todos os alunos de Santo Antônio do Descoberto”, esclarece Mauro Vilela.

O superintendente afirma que alguns investimentos prometidos pelo governo federal, como a construção de quadras, não foram feitos. “Entregaram outras coisas como unidades de ar condicionado, kits escolares, murais, dentre outros. Nós entramos com a maior parte, principalmente por meio do Equipar e do Reformar (programas do governo estadual para fazer melhorias estruturais nas escolas)”, diz. 

O principal diferencial das EECims em relação aos colégios militares é a gestão. De acordo com o programa do governo federal, as EECims são aquelas em que militares da reserva participam da gestão e da organização da escola, embora a direção continue a cargo de civis. Entretanto, em Goiás, isso não chegou a acontecer. “Nós conversamos com o Ministério da Educação (MEC) e eles permitiram que, desde o início, a direção fosse feita por militares”, destaca Vilela. 


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