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Servidores são presos em operação do MP que investiga fraude em licitações em Goiás; investigação atinge agentes públicos e empresários que atuavam em esquema em 34 cidades e envolve cerca de R$ 300 milhões

Servidores são presos em operação do MP que investiga fraude em licitações em Goiás

08/12/2022, às 11:55 · Por Redação

O Ministério Público de Goiás realiza, na manhã desta quarta-feira, 7, a segunda fase da Operação “Limpeza Geral", que tem como objetivo investigar uma organização criminosa envolvida em fraudes a licitações, desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro, dentre outros crimes, ocorridos em dezenas de municípios de Goiás.

São 16 cidades de Goiás e Tocantins. Entre elas as capitais dos dois estados. Também são alvos de mandados de busca e apreensão os municípios de Aparecida de Goiânia, Anápolis, Nerópolis, Leopoldo de Bulhões, Campo Limpo de Goiás, Silvânia, Pirenópolis, Luziânia, Iporá, Rubiataba, Araguapaz, Uruaçu, Campos Verdes e Crixás. Em muitas destas cidades os servidores foram impedidos de entrar nas sedes das prefeituras.

O objetivo da ação é cumprir 22 mandados de prisão preventiva e 50 mandados de busca e apreensão nas prefeituras e em endereços relacionados ao grupo criminoso. Empresas em nomes de "laranjas" eram usadas para simular concorrências em licitações. Até agora, foram identificados indícios de fraude em pelo menos 34 municípios goianos.

Há suspeita de envolvimento de agentes públicos, que forjavam a contratação direta (sem licitação) das empresas para viabilizar desvios de recursos públicos. Entre os serviços usados para o crime a locação de equipamentos e estruturas para shows e eventos e contratação de cantores sertanejos, fornecimento de mão de obra, serviços de limpeza, locação de veículos, e até materiais higiênicos e hospitalares destinados ao combate da Covid-19.

O esquema teria movimentado, entre 2015 e 2022, mais de R$ 300 milhões em empenhos pagos por municípios do Estado. A ação recebe apoio da Polícia Militar, da Polícia Penal e do Corpo de Bombeiros. A juíza titular da Vara Especializada, Placidina Pires, determinou também o sequestro e bloqueio de bens no valor de mais de R$172 milhões em relação a 26 investigados e 21 empresas.


Investigação Operação Ministério Público Goiás
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