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Goiânia, 29/05/24
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Deputado federal reeleito diz que emenda do relator é legítima, mas não pode ser secreta. Ao jornal O Popular, ele falou ainda das negociações do governo eleito na PEC da transição

“Não haverá orçamento secreto no governo Lula”, afirma Rubens Otoni

06/12/2022, às 12:56 · Por Redação

O deputado federal reeleito Rubens Otoni (PT) concedeu entrevista ao jornal O Popular e afirmou que não haverá orçamento secreto no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para ele, a emenda do relator é legítima, “mas o que não podemos aceitar é que ela seja secreta, sem ninguém saber para onde vai, e que seja usada de maneira indiscriminada e desproporcional no país, como foi usada no atual governo de Jair Bolsonaro (PL)”, comentou.

Rubens Otoni diz, ainda, que não existe acordo para que haja orçamento secreto nos níveis que existiu. “Agora, pode haver emenda do relator nesse próximo governo, no próximo orçamento? Com certeza. Até porque não existe tempo hábil para criar outro mecanismo, mas, se houver, ela não será secreta e não será utilizada de maneira desproporcional”, frisou,  ao comentar das emendas do relator, mecanismo chamado de orçamento secreto que serviu para garantir apoio parlamentar ao governo Bolsonaro.

Sobre a PEC da Transição, Rubens Otoni disse que a discussão está caminhando bem e que, segundo ele, o projeto não é um instrumento para facilitar o governo Lula. “O governo Bolsonaro não previu recursos para o atual Auxílio Brasil, que voltará a ser o Bolsa Família, e, qualquer que fosse o presidente da República, o Congresso teria que arrumar uma saída para que pudéssemos ter o pagamento deste auxílio (a partir de 2023)”, lembrou.

“É isso o que estamos fazendo, com muita responsabilidade. O diálogo tem sido bom. O presidente Lula, nesta semana, fica em Brasília novamente e sua presença ajuda muito na interlocução com as lideranças partidárias, então, vamos avançar para a aprovação nesta semana no Senado, e na próxima na Câmara dos Deputados”, revelou Otoni, ao comentar que se houver alguma mudança, isso faz parte do processo parlamentar.

Sobre a contribuição tributária do agro, criada pelo governador Ronaldo Caiado (União Brasil), Otoni disse ser favorável “e não porque é o agronegócio”. Para ele, nesse momento delicado todos os segmentos têm que contribuir, “e é natural que o agronegócio também contribua”, falou, ao justificar o motivo pelo qual os deputados do PT votaram contra o governo. “No projeto, não se mostrava quais os valores da arrecadação e, muito menos, onde seriam aplicados os recursos”, opinou.

Sobre as eleições municipais em 2024, Rubens Otoni confirmou que o PT terá candidatos em Goiânia e outras cidades do estado. “É natural que o partido faça esse debate e apresente nomes, mas é uma discussão que vai acontecer no PT em cada município”, disse, ao acrescentar: “somos cobrados por uma candidatura em Anápolis, por exemplo, e o nome natural é o do deputado estadual Antônio Gomide. Em Goiânia, o diretório municipal também vai pensar em uma forma de participar da disputa, que é algo importante”, concluiu.


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