Grupo é preso por suspeita de acessar sistema do TJ-GO

Doze pessoas foram presas suspeitas de acessarem o sistema do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), assinarem documentos como juízes e praticarem fraudes que geraram um prejuízo de cerca de R$ 31 milhões. A ação da Polícia Civil ocorreu nesta sexta-feira, 18, em seis cidades do Estado de Goiás. Durante as investigações da Polícia Civil, foram identificados quatro advogados que praticavam as fraudes no grupo.

O grupo falsificava os alvarás judiciais e de acordo com a polícia, os advogados cediam acesso ao sistema do Tribunal de Justiça e assinavam os documentos como se fossem juízes. Com os alvarás fraudulentos em mãos, outros integrantes do grupo sacavam os valores que estavam depositados nas contas judiciais.

A operação Alvará Criminoso, cumpriu 27 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão preventiva. Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato majorado, organização criminosa, lavagem de capitais e violação de sigilo funcional.

Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional de Goiás, informou que a Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-GO foi notificada e designou representantes para acompanhar todos os procedimentos relacionados às prisões e às buscas e apreensões. Informou ainda que acompanhará a condução das investigações e pedirá acesso ao inquérito para que o Tribunal de Ética e Disciplina possa atuar caso seja identificadas condutas impróprias.

O Tribunal de Justiça de Goiás informou em nota que a operação é resultado de investigação após troca de informações entre a Divisão de Inteligência Institucional do TJ Goiás que conta com equipe da Polícia Civil no desenvolvimento de suas atividades, e o Grupo de Repressão a Estelionato e outras Fraudes.

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Investigação Polícia Civil TJ Goiás