Presidente de Sindicato Rural e ex-deputado são investigados em Jataí por bloqueios em rodovias

11/11/2022, às 11:27 · Por Redação

Presidente do Sindicato Rural de Jataí, Vitor Gaiardo, o ex-deputado estadual Victor César Priori e o advogado Washington Rodrigues de Oliveira são investigados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) se eles tiveram participação nos bloqueios realizados em rodovias de Jataí.

As investigações avaliam que essas manifestações extrapolaram o direito de liberdade de expressão e de reunião já que foram recebidos vídeos em que os investigados discursam nos bloqueios e chegam a declarar que seus funcionários estavam participando dos atos.

Em um desses vídeos, Vitor Gaiardo aparece falando a um grupo de manifestantes em uma rodovia. Ele incita as pessoas a permanecerem nas ruas e chega a justificar que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não pode incentivar, porque “estaria cometendo uma infração”, mas que o “povo tem que ir para a rua”. Gaiardo, além de líder sindical, é empresário, dono da Mecol Engenharia, que atua no segmento de projetos, montagens e serviços eletromecânicos. Durante sua fala, ele repercute informações falsas e afirma que não está falando em nome do sindicato.

O ex-deputado Victor César Priori é outro que admite ter mobilizado empregados para participarem dos atos. “Que adianta vocês saírem agora, hoje, e daqui dois anos, três anos, não ter o que transportar. Aí vocês vão sentir na carne, na pele, o que nós vamos sentir agora, quando esses bandidos tomarem conta do Brasil”, diz a um grupo de manifestantes.

Já o advogado Washington Rodrigues de Oliveira aparece em dois vídeos enviados aos promotores. Em um deles, gravado no dia 2 de novembro, três dias após o resultado do segundo turno, com a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele diz que não vai aceitar “esse governo corrupto”. Em outro, ataca o ministro Alexandre de Moraes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pela determinação de que as rodovias fossem desobstruídas. Rodrigues chega a chamar Moraes de “cabeça de ovo”.

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