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Promotores que atuaram no caso Valério Luiz disseram que irão apresentar recurso contra Djalma Gomes da Silva, único acusado absolvido no júri

MP de Goiás vai apresentar recurso contra réu absolvido em júri do caso Valério Luiz

11/11/2022, às 10:22 · Por Redação

Os promotores que atuaram no caso Valério Luiz disseram que irão apresentar recurso contra Djalma Gomes da Silva, único acusado absolvido no júri. A decisão ocorreu na noite de quarta-feira, 9, após cerca de dez anos da morte do jornalista.

“O resultado não nos atendeu no total. Houve uma absolvição. Com relação aos demais, ficamos satisfeitos”, disse a promotoria nesta quinta-feira, 10, embora admita a possibilidade de entrar com recursos para ampliar as condenações. “Os jurados reconheceram que ele - Djalma - levou a arma para o executor, então acaba sendo uma incoerência dentro do julgamento. Vamos apresentar recurso para que ele seja submetido a novo julgamento. Foi partícipe”, afirmou o promotor Sebastião Marcos Martins, ao confirmar que a absolvição de Djalma da Silva será contestada.

O ex-cartorário Maurício Sampaio e outras três pessoas foram condenadas. A decisão foi proferida no final da noite de quarta, após três dias de julgamento. Sampaio, Urbano Malta, Ademá Figueiredo e Marcus Vinicius Xavier tiveram a prisão imediatamente declarada. Djalma Gomes da Silva, também acusado de participar do crime, foi inocentado.

A expectativa do MP é manter as condenações em instâncias superiores, uma vez que a defesa recorrerá. “Não tem vencedor e vencido no júri. É uma satisfação à sociedade de um crime cometido. Dar respostas à família da vítima e à sociedade de um crime que atenta contra a democracia.”

Penas
Na decisão, o júri condenou Maurício Sampaio a 16 anos de prisão. Segundo os autos, ele foi o mandante do crime, “em um contexto grave, como represália às críticas proferidas pela vítima ao réu, que, à época, exercia o cargo de vice-presidente do Atlético Goianiense”. Ademá Figueredo, apontado como autor dos disparos contra Valério, foi condenado a 16 anos de prisão. Urbano Malta, que teria contratado Ademá para cometer o crime, teve pena estipulada em 14 anos de prisão.

O júri também decidiu pela condenação de Marcus Vinícius a 14 anos de prisão por ajudar no homicídio. De acordo com a decisão, ele foi o responsável por emprestar a motocicleta, o capacete e a camiseta utilizada no crime. Ele também teria guardado a arma usada por Ademá e um aparelho celular utilizado para se comunicar com os demais réus.


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