Guarda Civil de Goiânia vai comprar 17 fuzis sem licitação

Foi publicado no Diário Oficial desta terça-feira, 8, um ato de inexigibilidade de licitação relativo à aquisição de fuzis para a Guarda Civil Metropolitana de Goiânia. Segundo o documento, a instituição preza pelo fuzil 5.56 da Taurus e que somente ele vai atender "as demandas de segurança pública através da estruturação exclusiva da Agência da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia”.

O ato de inexigibilidade consiste na impossibilidade de haver competição entre fabricantes, já que existe apenas um fornecedor qualificado a atender os interesses, como é reforçado pelo comandante da GCM, Coronel Wellington Paranhos. Segundo ele, a aquisição dos 17 fuzis é ajudar no combate à criminalidade. “É um armamento na qual a instituição busca, no mínimo, se equiparar com as forças criminosas, que atuam na nossa capital e em todo o país”, destaca.

A empresa que fabrica esses fuzis já teve alguns incidentes de segurança com outros modelos. Segundo o comandante, os estudos de segurança para o modelo de fuzil requisitado são abertos e eles foram levados em consideração para a aquisição das armas de grosso calibre. Wellington Paranhos pontua que os agentes que ficarão com essas armas passarão por um treinamento.

Para o conselheiro do Fórum de Segurança Pública, Cassio Thyone, o armamento de grosso calibre nas mãos de agentes da guarda municipal confronta com a finalidade da instituição, que é de cuidar de patrimônios públicos.

Em março deste ano, o Ministério Público abriu investigação para apurar a compra do armamento. Na ocasião, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) defendeu o uso de armas pesadas para dar segurança para corporação. O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) acabou recomendando que a GCM anulasse o aviso de interesse para adquirir as armas. Logo em seguida, o documento de aquisição foi cancelado. Agora, a compra dessas armas custa R$ 239.389,41.

---

GCM Fuzis Goiânia Goiás