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Acusados de matar o radialista Valério Luiz são julgados em Goiânia

Réus do caso Valério Luiz negam participação no assassinato do jornalista

09/11/2022, às 07:35 · Por Redação

Os réus envolvidos no processo que investiga o assassinato de Valério Luiz foram interrogados nesta terça-feira, 8. Eles negaram que tenham cometido o crime e todos, exceto por Maurício Borges Sampaio, disseram que não tinham contato com o jornalista. A sentença do julgamento dos cinco acusados do assassinato do jornalista deve ser proferida nesta quarta-feira, 9. O terceiro dia de julgamento será marcado pelos debates entre defesa e acusação.

Dos réus, o primeiro a ser ouvido foi o 2º sargento da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) Ademá Figueredo Aguiar Filho, que é acusado de atirar seis vezes e matar o jornalista Valério Luiz. Ele negou que conhecia o jornalista e que tenha cometido o crime.

Ademá negou qualquer tipo de vínculo profissional com o empresário Maurício Sampaio, acusado de ser o mandante do crime. "Nunca prestei serviço nenhum para o Maurício. Sampaio nunca me pagou um real. Nunca fiz segurança pra ele. Ele está mentindo”, afirmou.

Posteriormente, Djalma Gomes foi ouvido. Ele também negou conhecer Valério Luiz, mas confirmou que conhecer os outros réus. Djalma relatou que trabalhava junto com Ademá fazendo a segurança do jornalista Joel Datena e que acabou conhecendo Maurício pelo Joel, quando o acompanhou em um jogo de futebol. Djalma afirmou que no dia do crime, próximo do horário em que Valério Luiz foi assassinado, ele estava trabalhando em Leopoldo de Bulhões.

Urbano Carvalho foi ouvido na sequência. Ele disse conhecer os corréus, mas assim como Ademá, disse que  não conhecer o açougueiro Marcus Vinicius. Já Valério Luiz, ele afirmou ter conhecido apenas superficialmente. Ele, que morava quase em frente ao local do crime, relatou que estava cuidando de galinhas quando ouviu disparos e gritos e, um tempo depois, foi para a rua averiguar o que estava acontecendo. Ele também reclamou do tratamento que recebeu da delegada Adriana Ribeiro, que investigou o caso inicialmente. De acordo com ele, ela o prendeu de forma arbitrária e o coagiu a incriminar Ademá e Marcus Vinicius, o que ele não fez.

O penúltimo a ser ouvido, o açougueiro Marcus Vinícius Xavier também negou que tenha qualquer envolvimento com o homicídio. Anteriormente, ele havia confessado o crime e a conexão dos outros réus. O relato de Marcus Vinicius foi central para o desenrolar do caso e essa não é a primeira vez que ele muda a versão que conta em juízo. O interrogatório aconteceu por videoconferência, pois o homem mora em Portugal. Dos outros réus, ele disse que só conhecia Djalma da Silva e afirmou desconhecer Maurício Sampaio, Ademá Figueredo e Urbano Malta. Mesmo com os relatórios da quebra de sigilo telemático, Marcus Vinícius negou que tenha feito qualquer ligação telefônica para os outros réus. Ele também contou que não conhecia Valério Luiz.

Já o último a ser ouvido foi o empresário Maurício Sampaio, acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Valério Luiz. Ele disse que conhece todos os réus, exceto Marcus Vinícius Xavier. Além disso, ele negou que Ademá Figueredo e Djalma da Silva já tenham trabalhado para ele como seguranças.

O acusado reconheceu as desavenças com Valério Luiz, inclusive a existência do Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) que ele lavrou contra o jornalista e a carta que ele assinou proibindo a entrada de Valério Luiz no Atlético-GO. Entretanto, o empresário negou ser o mandante do assassinato. “Jamais participaria de qualquer crime na minha vida. Não tenho nenhuma responsabilidade nessa história. Fui de um dirigente de futebol para um assassino”, frisou.


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