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Goiânia, 29/05/24
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Casas de luxo construídas às margens de lago começam a ser demolidas após Justiça pedir reintegração de posse em Três Ranchos

Casas de luxo construídas às margens de lago começam a ser demolidas após Justiça pedir reintegração de posse em Goiás

28/10/2022, às 15:48 · Por Redação

Quatro casas de luxo, que foram construídas às margens do Lago Azul, em Três Ranchos, no sudeste goiano, começaram a ser demolidas após uma decisão da Justiça de Goiás. No documento, que é de 2018, um juiz pediu pela reintegração de posse da área, que é da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). No entanto, os donos das casas alegam que não foram notificados da decisão. Em nota, a Cemig disse que as construções são irregulares e que, além de provocar danos ambientais e ao patrimônio da concessionária, também sujeitam o invasor e seus familiares ao risco de inundação das áreas invadidas.

Sobre a reclamação dos donos das casas de que não foram notificados, a Cemig disse que, antes de acionar a Justiça, esgotou todas as possibilidades de acordo amigáveis. As demolições começaram na segunda-feira, 24. A TV Anhanguera esteve no local nesta quinta-feira, 27, e viu que as áreas de duas casas já foram destruídas. Em uma das residências, a piscina foi demolida e, em outra, sobrou apenas um amontoado de restos de materiais de construção. Na tarde desta quinta-feira, os donos das propriedades e advogados da Cemig discutiram, em uma reunião, sobre a decisão judicial, de 2018, que determinou a reintegração de posse de parte das quatro casas.

No documento, o magistrado pediu que a reintegração aconteça em caráter definitivo. As casas ficam em condomínios fechados, às margens do Lago Azul, que fica na divisa de Goiás com Minas Gerais. O lago foi formado a partir da construção da Usina Hidrelétrica de Emborcação, que fica do lado mineiro e é de responsabilidade da Cemig. As casas, que são de alto padrão, são utilizadas para lazer dos donos e também para aluguel por temporada. Na ação judicial, a companhia alegou que essas áreas de lazer foram construídas de forma irregular, o que pode provocar danos ambientais e ao patrimônio da concessionaria de energia.

Os moradores, que alegam que não foram comunicados formalmente da decisão, não quiseram gravar entrevista com a TV Anhanguera, mas afirmaram que não receberam visita de nenhum oficial da Justiça e que, portanto, a Cemig teria invadido as propriedades para demolir. Todas as partes envolvidas foram ouvidas, nesta tarde, na delegacia de Três Ranchos. O delegado que acompanhou os depoimentos disse que a conversa foi apenas para tentar gerenciar a crise causada pela decisão judicial.


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