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Goiânia, 29/05/24
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O estudo de Argolo se propõe a simular vazões do Rio das Antas, que corta todo o município, dentro do contexto de urbanização e frequência de chuvas intensas

Há 6 anos já haviam alertas sobre perigo com inundações onde morreram três pessoas em Anápolis

27/10/2022, às 08:15 · Por Redação

Estudo de 2016, da Universidade Evangélica de Goiás (UniEvangélica), já alertava sobre  aumento significativo na frequência das inundações causadas por chuvas em Anápolis em locais próximos onde três pessoas morreram depois que um carro foi arrastado pela enxurrada e foi parar dentro do Rio das Antas.

Foram 60 milímetros de chuva em cerca de 40 minutos. O especialista Eduardo Argolo, um dos autores do estudo de seis anos atrás e coordenador da estação meteorológica da UniEvangélica, explica que nem nas modelagens feitas por ele na época, foi possível prever um volume tão grande de chuva. “Foi um evento atípico, especialmente por estarmos na primavera. Isso levanta ainda mais preocupações com as chuvas que podem chegar no verão”, declarou ao jornal O Popular.

O estudo de Argolo se propõe a simular vazões do Rio das Antas, que corta todo o município, dentro do contexto de urbanização e frequência de chuvas intensas. A conclusão foi de que como o controle público sobre o avanço da urbanização não segue um controle rigoroso em relação à capacidade de suporte de lançamento de águas pluviais sobre os sistemas de drenagem da cidade, a consequência direta é um aumento significativo na frequência das inundações. O trabalho mostrou ainda que as ocupações de áreas inundáveis é uma tendência ao longo das margens do Rio das Antas, o que representa um risco aos bens patrimoniais e às pessoas.

Argolo aponta que o local da tragédia é uma área de desnível onde acontece o encontro do rio das Antas e do ribeirão Góis, o que faz com que o volume de água na região seja muito grande durante chuvas intensas. A falta de pontos de escoamento superficial nas regiões adjacentes contribui para o cenário de alagamentos e enxurradas.

Em nota, a prefeitura de Anápolis informou que nos últimos anos o município promoveu “várias intervenções em pontos críticos de alagamento”, sendo que “agora tem como prioridade resolver os pontos de alagamento que incluem a região do córrego das Antas.” Em relação aos venezuelanos, a prefeitura comunicou que eles foram abrigados no Ginásio Municipal Carlos de Pina e que tem oferecido todo o suporte necessário para os 15 adultos e 15 crianças e adolescentes.


Estudo Inundações Anápolis
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